Presa cafetina que recolhia menores em prostíbulo

A cafetina Leonor Izaura Cordeiro Amorim, 42 anos, residente em Guaratuba, no litoral paranaense, está presa desde a última quinta-feira na delegacia de Sabáudia (município próximo a Arapongas), acusada da prática de favorecimento à prostituição. O delegado Valdir Abrahão da Silva, titular da Delegacia Regional de Arapongas, relatou que após receber denúncia da irmã de uma adolescente, uma equipe de policiais militares de Sabáudia flagrou a cafetina no momento em que ela colocava três garotas em um táxi fretado de Guaratuba – duas menores de idade, com 16 anos, e uma de 18 – residentes em Arapongas. Elas seriam levadas para se prostituir em um bar propriedade da acusada, situado na cidade litorânea.

Ganhos

Segundo o delegado Abrahão, as adolescentes e o taxista confirmaram em depoimentos na delegacia, pouco antes da formalização da prisão em flagrante de Leonor, que ela tinha prometido um ganho de cerca de R$ 200,00 por dia ou de até R$ 2 mil por mês com a prática de programas sexuais. As garotas também teriam as despesas de viagem, moradia e alimentação custeadas pela cafetina, o que as levou a aceitar o convite.

As menores viajariam sem o conhecimento dos pais, que foram intimados pelo delegado para acompanhar, junto com uma conselheira tutelar, os depoimentos das adolescentes. Eles ficaram perplexos ao tomar conhecimento dos fatos.

Reincidente

Abrahão disse que Leonor já responde por crimes da mesma natureza na Comarca de Guaratuba, e sobre ela recai a suspeita de que possa ter levado outras adolescentes a se prostituírem naquela cidade. Segundo informou o delegado, Leonor foi autuada em flagrante, por infração ao artigo 228 do Código Penal, que prevê pena de dois a cinco anos de reclusão. A cafetina está presa na cadeia de Sabáudia, à disposição da Justiça de Arapongas. O fato foi comunicado imediatamente ao promotor Denis Pestana, da Promotoria da Vara da Infância e da Juventude de Arapongas.

“A prostituição de menores, denunciada diariamente pela imprensa nacional, é extremamente preocupante, uma vez que a condição sócio-econômica das famílias dos menores atraídos à prostituição os transformam em presas fáceis para os criminosos que atuam nesse ramo, exigindo das autoridades medidas preventivas e repressivas continuas e eficazes, com a participação da sociedade, denunciando à polícia e a outros órgãos de proteção a infância e a adolescência, visando coibir a prática de tal crime”, concluiu o delegado.

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