Presa acusada de comandar a morte do dono do Baile do Pato

Policiais da Delegacia de Homicídios (DH) prenderam na sexta-feira (18), após dois meses de investigações, uma mulher suspeita de assassinar Arnaldo de Souza, 54 anos, proprietário da casa de shows “Baile do Pato”, em Piraquara. Arnaldo foi encontrado morto em setembro na estrada que dá acesso ao aterro da Caximba, em Curitiba.

Após o recebimento de denúncias, a polícia encontrou Giselly Kuiava, 29, em uma casa no Jardim Pantanal, em Curitiba. Ela teve o mandado de prisão preventiva decretado após os policiais constatarem indícios de que o homicídio teria ocorrido em sua antiga residência, localizada no bairro Cajuru, também na capital.

Durante as investigações, os policiais levantaram indícios de que uma adolescente de 13 anos, filha de Giselly, mantinha um caso com o empresário. Tal suspeita levou a polícia a investigar a mulher como principal suspeita de ter cometido o homicídio.

Seguro

Segundo informações do delegado-adjunto da DH, Cristiano Quintas dos Santos, Arnaldo havia contratado um seguro de vida, com apólice no valor de R$ 10 mil e nomeado como beneficiária a adolescente. A polícia acredita que este teria sido o principal motivo do crime.

No momento da prisão, Giselly se apresentou como sendo Aline Kuiava, nome de sua irmã, e inclusive mostrou uma certidão de nascimento aos policiais. Ao perceber que não tinha convencido a polícia, tentou fugir, mas foi algemada e presa. Na casa da suspeita foram encontrados vários objetos de procedência duvidosa e uma carteira de identidade com a foto da adolescente, porém, com nome diferente e idade acima de 18 anos.

A polícia acredita que Arnaldo foi morto na residência do bairro Cajuru e teve o corpo abandonado no Caximba. Giselly teria se mudado para o Jardim Pantanal logo após o crime, carregando consigo todos os objetos que eram do proprietário da antiga residência, configurando crime de apropriação indébita.

Nos próximos dias, o proprietário da casa fará o reconhecimento dos objetos e, dependendo do resultado, a polícia poderá efetuar a autuação da suspeita. Giselly também é investigada por tráfico de drogas e outros roubos de eletroeletrônicos e bijuterias apreendidos pela Polícia Militar no início deste mês.

A adolescente, filha de Giselly, foi encaminhada para a Delegacia do Adolescente (DA) por falsidade ideológica. A DA verifica se a menina participou de algum golpe contra lojas e outros estabelecimentos comerciais. Já Giselly ficará detida no setor de Carceragem Provisória da DH, podendo ser posteriormente transferida para o Centro de Triagem I, em Curitiba.