Política não foi motivo do atentado ao vereador

O prefeito de Foz do Iguaçu, Sâmis da Silva (PMDB), em entrevista à rádio CBN Curitiba, ontem à tarde, descartou a possibilidade da tentativa de assassinato contra o presidente da Câmara de Vereadores de Foz, Adilson Rabelo (PSB), ter sido um crime político. Sâmis, que é do grupo político contrário a Rabelo, lembrou que o vereador chegou a ter seu nome citado pela subcomissão da CPI do Narcotráfico, em 2000, como um dos líderes do crime organizado na região da fronteira. O irmão de Rabelo, Domilson José Rabelo, está cumprindo pena na Prisão Provisória de Curitiba, no Ahu, desde dezembro de 1998. Na época das acusações, Rabelo chegou a propor a quebra de seus sigilos bancário, telefônico e fiscal.

A quebra do sigilo telefônico de Rabelo, que em 2000 foi usada como forma de defesa, poderá servir agora como ponto-chave para a elucidação da tentativa de homicídio. O delegado Walter de Oliveira, responsável pelas investigações, confirmou que o sigilo telefônico do aparelho celular de Rabelo será quebrado. Somente entre sexta-feira e a manhã de segunda, quando o vereador foi alvejado, cerca de cem ligações foram feitas para o aparelho. Testemunhas do crime informaram à polícia que instantes antes de Rabelo receber dois tiros na cabeça quando trafegava na Avenida República Argentina, no Centro de Foz, ele havia recebido uma ligação.

A esposa do presidente da Câmara, Jane Rabelo, prestou depoimento ontem à polícia.

Através de uma ligação anônima a Polícia Civil prendeu ontem o mototaxista Ederson Lopes. Porém, após ouvir seu depoimento o liberou por falta de provas.

Pelo último boletim da Santa Casa Monsenhor Guilherme, divulgado ontem pela manhã, o estado clínico de Rabelo continuava estável, respirando por aparelhos e em coma induzido. No final da tarde ele foi transferido para o Hospital Costa Cavalcanti e permanecia internado na unidade de terapia intensiva (UTI).

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