A investigadora Rita de Cássia Novak, 49 anos, que assassinou a tiros o vendedor ambulante Valdecir Paulo dos Santos Ribeiro, 34, na sexta-feira (16), no centro, passava por problemas psicológicos decorrentes de stress em seu trabalho como policial civil. Apesar de estar afastada para tratamento, ela tinha autorização para continuar a andar armada.

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O delegado geral Marcus Vinícius Michelotto explicou que os problemas de Rita começaram há alguns anos, quando a investigadora estava lotada no 6.º Distrito Policial, no Cajuru. Naquela época, os distritos ainda tinham celas com presos. Os detidos entraram em rebelião, fizeram Rita refém e a agrediram. Pouco tempo depois, a investigadora começou a ter problemas e foi afastada para tratamento junto ao Centro de Apoio Psicossocial (CAP), da Polícia Civil. Apesar disto, Michelotto ressaltou que Rita era boa profissional e benquista pelos colegas.

Arma

O delegado geral ressaltou que não há qualquer normativa da Polícia Civil, impedindo o policial em tratamento psicológico de andar armado e o obrigando a devolver o equipamento. “Mas este caso levantou uma discussão. A partir de agora, talvez seja necessário que o CAP analise cada situação individualmente, para ver se o policial em tratamento tem condições de permanecer armado”, ressaltou o Michelotto.

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Além do inquérito que tramita na Delegacia de Homicídios, o caso de Rita também está sendo acompanhado pelo Departamento da Polícia Civil, que abriu um processo disciplinar. “O caso ainda está sob análise. Não dá para saber ainda se foi uma defesa pessoal da policial ou o se crime teve outro motivo”, ressaltou o delegado geral. O processo pode desde inocentar a investigadora e dar-lhe o direito de retornar ao trabalho, até expulsá-la da corporação, caso as investigações apontem que o comportamento dela como policial não foi adequado.