Policial que baleou colega pode voltar para cadeia

Sob a alegação de que o investigador da Polícia Civil José Alois Rigler deve voltar à prisão, pela gravidade do que cometeu e pela periculosidade que demonstrou, a Promotoria de Justiça de Inquéritos Policiais protocolou ontem recurso contra a decisão do Juízo da Vara de Inquéritos que deu liberdade provisória ao policial.

Rigler, na madrugada de 19 de setembro, sem que estivesse em serviço, invadiu o plantão do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), armou-se com dois fuzis e disparou tiros. Uma das balas ricocheteou e acertou o policial Wilson Miguel Rudinik, 43. Ferido na barriga, Rudinik foi operado e já recebeu alta.

Bebida

O recurso foi assinado pelas promotoras Aline Bilek Barh e Marilu Schanider Paraná de Souza. No documento afirmaram que o policial estava “pretensamente sob efeito de bebida alcoólica”.

O advogado de Rigler disse que ele sofreu um “surto psicótico” motivado pelo estresse da profissão e que deveria ser tratado em hospital. Com essa alegação conseguiu a soltura do policial, na noite de sexta-feira da semana passada.