Policial mata assaltante no centro de Curitiba

Um assaltante escolheu mal sua vítima e acabou morto em pleno centro da cidade, às 9h15 de ontem. O homem, identificado extra-oficialmente como Clayton ou “Magrão”, foi baleado no peito por um soldado do Batalhão de Polícia de Trânsito, que socorria um colega à paisana atacado minutos antes pelo assaltante, que agia com dois comparsas. O ladrão caiu morto na esquina da Rua Dr. Faivre com a Avenida Presidente Affonso Camargo, enquanto um suposto parceiro dele era detido pela Polícia Militar. O outro teria fugido de carro.

Contradições

As informações repassadas pela PM no local do confronto eram desencontradas. O tenente Lima, do 12.º Batalhão, responsável pela área, disse que o baleado tentou roubar um transeunte na rua. Um policial do Batalhão de Polícia de Trânsito, que atendeu ao pedido de ajuda da vítima, abordou momentos depois o assaltante, mas teria sido recebido a bala. “Foi muito rápido. O policial revidou de imediato e atingiu com um tiro o coração do assaltante”, afirmou o tenente. Segundo ele, o homem morto pode ser o mesmo que tentou roubar um carro na esquina das ruas Mariano Torres e Benjamin Constant, a poucas quadras dali, uma hora antes. O dono do carro conseguiu fugir do assaltante, que acertou dois tiros nos vidros do veículo, sem ferir ninguém.

Já o aspirante Leandro Teles, do BPTran, disse que a vítima da tentativa de roubo foi um policial do próprio batalhão de trânsito, que estava à paisana. “Ele pediu ajuda aos colegas. O soldado em serviço entrou em luta com o bandido, tomou-lhe a arma e atirou”, disse o oficial. Segundo o comandante da 2ª Companhia do BPTran, Marco Aurélio Czerwonka, houve três disparos: um acertou a parede do Banco Bradesco, na esquina, o segundo se perdeu e o terceiro matou o ladrão. A pistola 9 milímetros que estava com o homem morto foi recolhida pela Polícia Civil.

Comparsa

Um rapaz, que se identificou como Kenis, 23 anos, foi detido pela PM momentos depois do tiroteio. “A participação dele ainda será averiguada. Testemunhas disseram que estava junto com o assaltante”, afirmou o tenente Lima, acrescentando que o soldado que atirou ficou muito nervoso e teve que ser retirado do local do confronto.

A Delegacia de Homicídios e a Polícia Militar instauraram inquérito para apurar o episódio.

Tatuado

O assaltante morto tinha diversas tatuagens pelo corpo: dois cães rottweiller nas costas, um tigre no tórax, uma pantera no braço esquerdo e uma águia. Estava vestido com blusa de moletom cinza, camiseta branca, jeans azul desbotado e calçava sapatos de camurça marrom. No local, ele foi identificado extra-oficialmente como Luís Porfírio, mas este pode ser o nome do pai dele. O assaltante seria morador da Vila Nossa Senhora da Luz. Todas as informações serão confirmadas a partir da identificação oficial no IML e das investigações da Delegacia de Homicídios.

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