Policiais participam de curso de padronização

A recognição visuográfica é uma das técnicas utilizadas no Paraná para o esclarecimento de homicídios que passará a ser utilizada em todos os estados da Federação.

Da mesma forma, outras práticas que não são feitas atualmente aqui, passarão a ser feitas graças à padronização das metodologias de trabalho de investigação que está sendo feita pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

Nas últimas duas semanas, dois policiais paranaenses participaram de um curso de aprimoramento das investigações de crimes de homicídios e tráfico de drogas, promovido pela Senasp, na Academia da Polícia Civil do Mato Grosso, em Cuiabá.

O delegado Cristiano Quintas, adjunto da Delegacia de Homicídios, foi um dos paranaenses presentes no encontro que reuniu cerca de 60 policiais civis de 25 Estados.

“Tivemos explicações sobre técnicas modernas de perícias, que serão implantadas em nível nacional. Foi uma troca de conhecimento. O melhor que é feito em cada estados será feito agora em todo Brasil”, contou, lembrando que este é o primeiro curso desse genero que ocorre no País.

Quintas destacou que a técnica de recognição visuográfica, utilizada atualmente por Paraná e em São Paulo, consiste em coletar o máximo de detalhes possível no local do crime.

“Essa prática é adotada aqui no Paraná há um ano e meio. O objetivo é deixar o relato sobre a cena do crime o mais fiel possível. Assim, depois até mesmo quem não esteve lá pode enxergá-la”, revelou, explicando que o objetivo da Senasp é criar um padrão nos procedimentos adotados em todo Brasil.

O delegado salientou que todo esse conhecimento será reaplicado para policiais de todas as Delegacias de Homicídios do Paraná e para os novos policiais que estão se formando da Escola Superior de Polícia Civil (ESPC).

“O investigador Marcos Aurélio Mendes, da Denarc, também participou do curso e vai repassar técnicas específicas de investigação de crimes de tráfico de drogas aos policiais paranaenses”, contou o delegado.

Quintas aproveitou para agradecer ao delegado-geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius da Costa Micheloto, e ao delegado titular da Delegacia de Homicídios de Curitiba, Rubens Recalcatti, pela oportunidade de participar do curso.

“Foram quinze dias longe de Curitiba, mas foram quinze dias muito bem aproveitados. Tivemos aulas das oito da manhã até as oito da noite. Além disso, agora temos contatos com policiais civis do Brasil todo”, disse Quintas.