A partir da próxima terça-feira (7), os policiais federais cruzam os braços em todos os estados brasileiros. No Paraná, cerca de 680 servidores devem parar, entre agentes, escrivães e papiloscopistas.
Segundo o Sindicato dos Policiais Federais no Estado do Paraná (Sinpef-PR) este dado representa quase a totalidade do efetivo. Os delegados não suspenderão as atividades.
A greve afetará serviços como emissão de passaportes, registro de portes de armas e investigações policiais. Aeroportos, fronteiras e o Porto de Paranaguá terão operação-padrão.
O indicativo de greve foi aprovado pelo conselho de representantes da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e decretado em 1º de agosto. A categoria reivindica a saída do atual diretor geral da PF, Leandro Daiello, a reestruturação salarial e da carreira. Há três anos, policiais e governo negociam.
O prazo final para a apresentação de uma proposta do governo foi 31 de julho. ‘Como não houve um parecer, vamos parar‘, comenta o presidente do Sinpef-PR, Fernando Augusto Vicentine que também alerta para o corte de 60% das verbas da PF somente neste ano. ‘Exigimos a valorização do profissional e melhoria na qualidade dos serviços ofertados à população‘, diz.
Indignado com a situação da PF no estado, Vicentine denuncia que no Porto de Paranaguá, por falta de efetivo, não está sendo cumprida a instrução normativa que prevê a inspeção de cada tripulante no local de desembarque. ‘Apenas fazemos o encaminhamento da documentação. Se alguém estiver carregando algo ilícito, não temos como averiguar.‘