Policiais da Rone acusados de agredir inocente

O comando da Companhia de Choque da PM prometeu investigar uma denúncia de agressão por parte de policiais da Rone (Rondas Ostensivas de Natureza Especial). O representante comercial Rogério Borba Júnior, de 35 anos, acusa cinco policiais de tê-lo espancado a socos, chutes e coronhadas e agredido a mulher dele com um empurrão, durante abordagem no bairro do Rebouças, domingo de madrugada. Um inquérito policial militar deve ser instaurado para apurar o episódio.

O representante prestou queixa oficial ao CPC (Comando do Policiamento da Capital) no dia seguinte à agressão. Rogério relatou que às 2h30 de domingo voltava de um casamento ao lado da esposa, quando foi abordado por um veículo da Rone, prefixo 4959, na esquina das ruas Nunes Machado e Desembargador Westphalen. Pouco antes, teria ultrapassado um sinal vermelho após reduzir a velocidade, por temer assaltos de madrugada. Segundo a vítima, ao parar o veículo, cinco policiais armados desceram e deram voz de prisão ao casal. Quando um dos soldados tentou algemar o representante, a mulher interveio e teria sido empurrada, caindo no chão.

Ao vê-la caída, Rogério empurrou um dos policiais. De acordo com a denúncia, passou a ser agredido a socos, pontapés e coronhadas por toda a equipe, chegando a desmaiar. Quando acordou, estava dentro do camburão, a caminho do 2.º Distrito Policial (DP).

Na delegacia os PMs preencheram boletim de ocorrência incriminando o representante por desacato a autoridade. O acusado negou ter desacatado a equipe ? ele diz que não teve tempo de falar nada e que em nenhum momento foi-lhe solicitada a documentação pessoal ou do veículo. Um tenente da Rone, que não participou da ação, foi ao 2..º DP e disse ao representante que a equipe lhe abordou porque estava à procura de um Palio azul tomado em assalto ? carro semelhante ao que Rogério dirigia.

Após preencher a documentação, o representante pediu o socorro do Siate às 4h30, alegando mal-estar. Ele foi levado ao Hospital Evangélico e no dia seguinte realizou exame de lesões corporais no Instituto Médico Legal.

A denúncia chegou ao conhecimento do capitão Rui Rota da Purificação, comandante da Companhia de Choque, da qual a Rone faz parte. Segundo o oficial, se de fato houve a agressão com lesões trata-se de crime, que será apurado. “Ainda não possuo os detalhes da queixa para emitir um parecer. É preciso também ouvir a argumentação dos policiais e de testemunhas”, disse o capitão. A vítima prestou queixa por agressão também no 2.º DP.

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