Policiais civis de Londrina, Maringá, Cascavel e Toledo, protestaram durante a manhã de ontem – através de uma passeata – para reivindicar melhorias nas condições de trabalho, regulamentação da aposentadoria e plano de cargos e salários. Em todo o Estado, existem cerca de 3,5 mil policiais civis.
Em Londrina, na região norte do Estado, a passeata aconteceu entre a sede da 9.ª Subdivisão Policial e o calçadão, no centro da cidade. “Queremos mostrar para o governo do Estado o descontentamento da classe dos policiais civis”, diz o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Londrina (Sindipol), Ademilson Antônio Alves Batista.
De acordo com Batista, existem poucos policiais para a quantidade de ocorrências. “Somos 3,5 mil policiais no Estado, mas, para podermos atender toda a demanda de serviços, esse número teria que ser três vezes maior”, afirma.
Outra reivindicação apontada pelos profissionais é a criação de uma lei que regulamente a aposentadoria dos policiais. “Pela lei federal 58/85, podemos nos aposentar após contribuir durante 30 anos, sendo pelo menos 20 na função. Por isso, muitos acabam se aposentando antes dos 60 anos, fato que o Tribunal de Contas do Estado não permite. Assim, devido à periculosidade e complexidade de nossa função, exigimos uma lei que regulamente essa situação, temos direito a uma aposentadoria especial”, explica Batista.
Os protestos no Paraná também serviram para apoiar o movimento que acontece em São Paulo, no entanto, “as passeatas no interior do Paraná não têm ligação com os protestos ocorridos na capital paulista. Somos solidários aos nossos companheiros de São Paulo, mas aqui, no Paraná, queremos fortalecer as reivindicações especificas para a classe no Estado”, diz Batista. No dia 18 de novembro, a passeata com policiais civis irá acontecer em Curitiba.