Policiais apreendem brinquedos piratas

Equipe de policiais do 3.º Distrito Policial (DP) de Curtiiba, no bairro das Mercês, acompanhados de advogados cariocas que representam as empresas americanas Warner, Mattel e Hanna-Barbera, fizeram ontem operação de apreensão de brinquedos falsificados em lojas de shoppings e distribuidoras. O material apreendido durante todo o dia lotou o bagageiro de uma van Besta. São Barbies, Supermans, Batmans, Piu-Pius, roupas, mochilas e lápis com os personagens Looney Tunes e Meninas Superpoderosas e outros produtos.

Os investigadores Omar, Marcondes e Luís Kless visitaram quatro distribuidoras na BR-116 e diversas lojas no Polo das Malhas, Shopping Portal Plaza e Shopping Popular. Há alguns meses, operação semelhante tinha sido realizada pela mesma equipe, resultando em volume maior de apreensões. Para o investigador Omar, uma das explicações é que os distribuidores visitados pela manhã teriam avisado lojistas, que também se comunicam entre eles. Em algumas lojas, havia prateleiras vazias indicando que mercadorias haviam sido retiradas pouco antes da polícia chegar.

Um dos advogados da Warner disse que as fiscalizações constantes, feitas regularmente em todas as capitais do país, têm conseguido coibir a venda de falsificados. Ele mesmo admitiu, porém, que esta é uma atividade clandestina que “não tem fim”. “Pelo menos estamos mostrando que a Warner e outros fabricantes estão atentos ao problema”, complementou. “Muitos lojistas adquirem esses produtos de boa-fé, inclusive com nota fiscal.”

Perigo

A maioria dos objetos apreendidos vêm da China. O Paraguai deixou de ser o número um em falsificações. O perigo dos brinquedos falsos está na falta de segurança para crianças. Caixas de lápis Looney Tunes, por exemplo, contêm tinta tóxica, conforme laudo pericial encomendado pela Warner. Bonecos soltam peças facilmente, que podem ser engolidas por crianças pequenas. Alguns chegam ao ponto de copiar o selo de segurança do Inmetro na embalagem. Uma pista para reconhecer falsificados está no preço. Enquanto uma caixa de lápis Faber-Castell custa quase vinte reais, a falsificada é vendida por menos de três reais.

Os donos das lojas serão chamados à delegacia para Termo Circunstanciado e a polícia vai investigar a origem dos produtos.

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