Trinta e três pessoas foram presas na manhã de ontem, por suspeita de fazerem parte de quadrilhas de tráfico de drogas. A Polícia Federal (PF) cumpriu os mandados de prisão e 30 de busca e apreensão nas cidades gaúchas de Porto Alegre, Alvorada, Gravataí, Canoas, Taquara, Tramandaí, Tenente Portela e Garruchos, além de Corumbá, no Mato Grosso do Sul; Foz do Iguaçu, no Paraná, e São Paulo.

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Os 160 policiais federais e 50 policiais militares que participaram da Operação Poeta também seqüestraram 17 imóveis e apreenderam 24 veículos, R$ 800 mil em cheques, R$ 60 mil em dinheiro e sete armas.

Em momentos anteriores da operação, foram apreendidos 155 quilos de cocaína e presas 14 pessoas em flagrante. O inquérito vai indiciar os envolvidos por tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas.

Em Foz do Iguaçu, policiais federais prenderam quatro pessoas – três homens e uma mulher – e cumpriram outros quatro mandados de busca e apreensão. Segundo informações da Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul – base das investigações – as pessoas presas no Paraná eram as fornecedoras da droga para a quadrilha, uma das mais procuradas pela polícia de Porto Alegre.

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De acordo com o delegado da Superintendência da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, Marcos Paulo Pimentel, a droga utilizada pelo bando de Porto Alegre passava pela fronteira e seguia para o Rio Grande do Sul.

O delegado informou ainda que a grande maioria dos envolvidos com o grupo criminoso já está presa, e que algumas prisões ainda podem ser feitas nos próximos dias.

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Em Foz, foram apreendidos três veículos, uma moto, um caminhão, computadores, celulares, uma pequena quantidade de maconha, uma arma de calibre restrito (usada apenas pela polícia), munições e cerca de R$ 33 mil em dinheiro.

O nome da operação é uma alusão ao bairro Mário Quintana, uma das bases de atuação das quadrilhas, juntamente com a Vila Areia e a Vila Farrapos, em Porto Alegre.

O caso era investigado desde fevereiro deste ano. Pouco depois do início das apurações, um traficante conhecido como João Cabeludo, suposto líder da maior quadrilha da capital gaúcha, foi assassinado.

A partir daí, a esposa dele, que foi presa na capital paulista, teria assumido o comando da quadrilha. De acordo com a polícia, a mulher era estudante de Direito. Ainda segundo a PF, com o tempo, descobriu-se a “existência de diversos grupos atuantes no narcotráfico com elos entre si”.

A PF diz ter identificado 38 suspeitos vinculados às apreensões, entre eles fornecedores, mulas, patrões, gerentes, vaposeiros e facilitadores, inclusive com a participação de um advogado, que intermediava informações entre as quadrilhas da cidade. Os presos deverão responder por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Os nomes dos detidos não foram divulgados.