O trabalho conjunto da Polícia Federal de São Paulo, Santa Catarina e Paraná resultou na prisão de seis homens apontados como membros de uma das mais articuladas e perigosas quadrilhas de assaltantes do Brasil. O bando foi preso no último sábado, em São Paulo, quando estava prestes a cometer um assalto milionário a um banco na Avenida Paulista. Eric Juan Takemura, Emerson de Jesus Ventura, o ?Jabá?; Waldemir de Oliveira, conhecido por ?Pezinho?; André Torres Zeni e outros dois indivíduos identificados apenas por ?Vavá? e ?Lelé?, também são acusados de roubar cerca de R$ 6 milhões da agência da Caixa Econômica Federal, do Bacacheri, em Curitiba, no ano passado. O acusado de ser chefe da quadrilha, José Reinaldo Giroti, que também participou do roubo na capital paranaense, está preso desde novembro do ano passado.
De acordo com o delegado Gilberto Castro, as investigações dos policiais federais paranaenses começaram a partir do roubo ao setor de penhor da Caixa, ocorrido em 26 de outubro, quando os bandidos fizeram reféns familiares de um funcionário e o obrigaram a abrir a agência. O primeiro resultado da investigação do roubo ocorrido em Curitiba, denominada ?Operação Chacal?, em 21 de novembro, quando José Reinaldo Giroti, o chefe da quadrilha e um dos assaltantes mais procurados do País foi preso. Na seqüência, os policiais identificaram o resto do bando e descobriram que eles se preparavam para cometer outro assalto em São Paulo. Desta vez eles pretendiam roubar R$ 150 milhões de um banco na Avenida Paulista.
No último sábado, os policiais frustraram o plano da quadrilha. Quatro dos acusados foram perseguidos e presos depois de trocar tiros com os policiais. Um dos bandidos foi baleado. Outros dois foram detidos perto do banco que pretendiam roubar. Com eles a polícia encontrou duas pistolas com numeração raspada, coletes balísticos e parte das ferramentas que seriam usadas para abrir o cofre.
Longo rastro de crimes
Segundo o delegado Gilberto Castro, entre os crimes cometidos por José Reinaldo está o assalto a um penhor de Brasília, de onde foram levadas as jóias da família Kubitsichek. Ao longo dos últimos dez anos, ele também já planejou e executou assaltos em Ribeirão Preto, SP; Cuiabá, MT; e Balneário Camboriú, SC, os quais teriam rendido cerca de R$ 40 milhões. O bando também tentou assaltar um banco no Paraguai. Entre os comparsas de Giroti nos crimes estaria o bandido Marcola. Ambos estão presos no Presídio de Catanduvas, interior do Paraná.