Polícia e promotoria divergem sobre chacina em Guaíra

Quatro dias depois da maior chacina registrada no Estado, ninguém foi preso e a polícia e a promotoria divergem na investigação. O delegado da Polícia Federal em Guaíra, Érico Ricardo Saconato, disse trabalha com a suspeita de o crime, que resultou em 15 mortes e oito feridos, ter um mandante. Seria um brasileiro, envolvido com o tráfico e contrabando, morador no Paraguai.

A hipótese é contestada pelo promotor Marcos Cristiano Andrade, que afirma que não sabe sobre uma quarta pessoa envolvida no crime. Jair Correia, 52 anos, e Ademar Fernando Luiz, 26, tiveram prisão preventiva decretada. O filho de Jair, também é apontado como suspeito.

A informação que existe um mandante para a chacina chegou até a PF por comentários de populares e familiares de vítimas. A partir daí, mais uma pessoa passou ser suspeita da chacina. De acordo com o promotor, muitas informações desencontradas estão sendo divulgadas. Segundo ele, isso prejudica as investigações. Conforme relatou, uma vítima deu entrevista com conteúdo diferente do depoimento, depois, disse à promotoria que tinha omitido informações e que não teria dito tudo o que foi publicado.

A chacina aconteceu na segunda-feira e a primeira vítima foi abordada pouco depois das 7h e, segundo a reconstituição do crime, que aconteceu na manhã de terça-feira, os bandidos ficaram mais de seis horas no local. Os mortos foram todos identificados.