Polícia controla rebelião na delegacia de São José dos Pinhais

A polícia controlou a rebelião de aproximadamente 120 presos, na delegacia de São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba), na tarde desta segunda-feira (1º). A negociação com os presos durou cerca de quatro horas, de acordo com o delegado Osmar Dechiche, daquela delegacia.

Os detentos soltaram os dois carcereiros que eram mantidos reféns, depois de conseguir a garantia que não sofreriam represálias. Um juiz e um promotor acompanharam o fim das negociações. Os reféns não ficaram feridos. “Os líderes da rebelião serão autuados por cárcere privado e dano ao patrimônio público. Os danos no setor carcerário serão reparados”, afirmou o delegado Dechiche.

A movimentação começou por volta das 11h30 da manhã desta segunda-feira, quando um grupo de presos rendeu, com estoques, dois carcereiros serviam o almoço. Depois de fazê-los reféns e obrigá-los a abrir as celas, o grupo tentou fugir em massa, mas foi contido pelos policiais de plantão.

Fuga

Três presos conseguiram escapar e foram perseguidos pela polícia. Dois deles foram recapturados e o outro, identificado como Júlio César de Freitas, 18 anos, morreu em confronto com a Polícia Militar. Júlio, que estava preso suspeito de tráfico de drogas, era o único armado. A polícia vai investigar onde ele conseguiu a arma ou se a roubou durante a fuga.

Os presos que não conseguiram escapar mantiveram os reféns e começaram a negociação com a polícia. Depois de aproximadamente quatro horas de negociação, os carcereiros foram liberados sem ferimentos. Os detentos pediram a presença de um juiz e de um promotor.

Segundo o delegado Dechiche, a delegacia sofreu alguns danos, como a quebra de câmeras de segurança e de cadeados. Os três presos que lideraram a rebelião foram presos em flagrante por cárcere privado e dano ao patrimônio público. Outros 20 presos foram transferidos para o Sistema Penitenciário.

Os policiais da delegacia de São José dos Pinhais contaram com o apoio do Cope (Centro de Operações Policiais Especiais), do Grupo Tigre (Tático Integrado de Grupos de Repressão Especiais) e da Companhia de Choque.