Três anos

Polícia continua trabalhando no caso da menina Rachel

Há exatamente três anos, no dia 3 de novembro de 2008, a menina Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre, então com nove anos, saiu de casa para ir à escola, como fazia todos os dias, sem saber que nunca mais voltaria para sua casa. Ao sair da aula, no final de tarde, a garota desapareceu sem deixar rastro, sendo encontrada somente dois depois, dentro de uma mala na Rodoferroviária de Curitiba, morta. A história teve uma grande repercussão e sensibilizou a sociedade, mas, apesar disso, o caso não foi resolvido até hoje.

Mesmo depois de tanto tempo, a delegada responsável pelo caso, Vanessa Alice, que atualmente está no Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), acredita que ainda há grandes chances de o caso ser resolvido. “Continuamos trabalhando na investigação, inclusive com uma equipe exclusiva formada por dois policiais, e checamos todas as novas informações que chegam a nós, até mesmo as mais absurdas. O próprio inquérito fica direto em cima da minha mesa”, conta.

Exames

De acordo com ela, mais de mil pessoas já interrogadas e cerca de cem fizeram exames de DNA para verificar se não seriam os culpados. “A cada pedófilo que temos notícia, do Brasil inteiro, pedimos a coleta de material para comparar com o encontrado com a Rachel, inclusive estamos com muitos exames pendentes agora”, explica. A polícia acredita que Rachel já conhecia o criminoso antes da abordagem, pois teria reagido se fosse um desconhecido. No entanto, parentes e amigos da família já foram descartados pelos exames de DNA

Suspeito

Outro exame que estaria pendente seria o de um possível suspeito, um rapaz que costumava utilizar a mesma linha de ônibus que a menina e até pouco tempo atrás não tinha sido localizado. “Esse rapaz era uma das várias pessoas com quem ela conversava no ônibus que pegava todos os dias para voltar para casa. Ele costumava chamá-la até de vereadora porque ela conversava com todo mundo e chegou a entregar um cartão de visitas para ela. Infelizmente, a mãe da menina jogou o cartão fora e, por isso, foi difícil encontrá-lo”, comenta a delegada. Rachel foi vista pela última vez por volta das 17h30 do dia em que sumiu, no caminho entre o Instituto de Educação do Paraná, onde estudava, e a Praça Rui Barbosa, onde pegava o ônibus para voltar para casa.