Polícia apura atentado contra Barbosa Neto

O atentado contra o deputado estadual Homero Barbosa Neto (PDT), de 36 anos, ocorrido na noite de anteontem, no Centro Cívico, em Curitiba, movimentou policiais da Delegacia de Homicídios (DH) e da Promotoria de Investigação Criminal (PIC), que trabalharam durante todo o dia no caso. À tarde uma pessoa também teria tentado extorquir o parlamentar, dizendo ter uma fita comprometedora.

À tarde, o porteiro do prédio onde mora o deputado, na Rua Ivo Leão, prestou depoimento na DH, mas o teor não foi divulgado. O delegado Stélio Machado, titular da DH, informou que encaminharia o porteiro para a confecção do retrato falado do atirador. O deputado, que teve a perna direita ferida por estilhaços do pára-brisa do carro, foi submetido a exames no Instituto Médico Legal (IML). No início da tarde, Barbosa Neto estava gravando no estúdio de uma emisora de televisão, onde apresenta um programa de variedades.

O parlamentar relatou que chegava ao prédio onde mora, por volta das 20h30, e manobrava o Astra, placa AKD-4061, pertencente à Assembléia Legislativa, quando um homem teria saído de trás de uma árvore e disparado dois tiros. Ao ver o clarão produzido pelos projéteis, Barbosa Neto se abaixou. Os tiros acertaram o encosto da cabeça do banco do motorista e o outro, o banco traseiro. Em seguida, o criminoso fugiu e teria embarcado em um Gol cinza escuro, que estava com placas frias, segundo a polícia.

Investigações

O delegado Stélio Machado disse que, por enquanto, não há pistas do atirador. “Com certeza é uma pessoa que conhece armas, pois os disparos foram certeiros e se o parlamentar não se abaixasse seria atingido na cabeça”, analisou. Ele disse que não descarta nenhuma hipótese sobre o que teria motivado o atentado. “Pode ter sido encomendado ou por vingança”, arriscou.

Ontem surgiram comentários de que o parlamentar fez uma denúncia envolvendo prostituição e tráfico de drogas há cerca de uma semana, em uma praça no centro da cidade. Na ocasião, ele acusou um policial civil de envolvimento com criminosos, mostrando imagens na televisão. As imagens mostram que o policial está passando um papel para outra pessoa e mais nada.

O policial acusado continua trabalhando e promete processar o parlamentar pelas acusações. “Não fazemos ligação nenhuma. Buscamos a verdade”, disse Stélio, ao ser indagado sobre o assunto.

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