Denúncias de receptação de objetos furtados e roubados levaram investigadores da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) a prender, em flagrante, por tráfico de drogas, o funcionário dos Correios Júlio César de Jesus, 47 anos. Ele foi detido em sua residência, na Avenida Arapongas, bairro Ferraria, em Campo Largo, na manhã de terça-feira (22), com 11 quilos de cocaína e uma prensa hidráulica. A droga foi avaliada em mais de meio milhão de reais.

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O delegado Amarildo Antunes explicou que uma equipe fazia investigações em Campo Largo e recebeu a denúncia que Júlio tinha recebido uma encomenda num horário pouco usual para entregas. Ao chegarem à residência de Júlio, os policiais perguntaram se ele havia recebido alguma encomenda e, inocentemente, o homem afirmou que sim. Ele alegou que um amigo seu, chamado Rodolfo, morador em Santa Catarina, havia deixado lá a prensa e uma bolsa de viagem, para buscar outro dia. Júlio afirmou que ele não viu o que tinha dentro da bolsa.

Quando os policiais olharam a bolsa, guardada num quartinho, encontraram a cocaína e a prensa. Cada quilo da droga, avaliou o delegado, vale cerca de R$ 50 mil. A polícia concluiu que a droga seria misturada a outros produtos (cal, pó de giz, bicarbonato), para render mais. Depois a cocaína seria prensada de novo e revendida.

Aluguel

O detido afirmou que receberia R$ 1 mil para guardar o material em sua casa e aceitou, porque seu filho está doente e ele precisava do dinheiro. Também alegou que só sabe o primeiro nome do amigo, sem dar detalhes de onde o conheceu, nem há quanto tempo. A polícia catarinense já foi acionada para ajudar a descobrir quem é Rodolfo.

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Júlio trabalha com manutenção de máquinas nos Correios e não tinha antecedentes criminais. O delegado alertou que os grandes bandidos têm usado pessoas acima de qualquer suspeita, como Júlio, para guardar materiais ilícitos, como armas e drogas, para evitar flagrantes.