PMs responderão por crime na Justiça comum

Os quatro policiais militares de Londrina, acusados de assassinar o jovem Jamys Smith da Silva, serão julgados pela Justiça comum, a partir do mês de agosto. O inquérito foi encaminhado ao Fórum de Londrina pelo promotor da Auditoria Militar, Mizael Pimenta, que entendeu o homicídio doloso como sendo uma lesão corporal grave seguida de morte. Respondem ao inquérito os policiais Marco Aurélio da Silva Barbosa, Júlio Ferraz Dias, Sérgio Marcelo Pinto e Jhanivaldo Zanin.

Após sorteio que definirá em qual das cinco varas criminais de Londrina o caso será julgado, o juiz irá analisar os autos e encaminhar ao promotor, que decidirá se dá continuidade à denúncia do abuso dos policiais ou se arquiva o caso.

Além da Justiça comum, os policiais também responderão a processos administrativos, que podem até resultar em expulsão da corporação. Esta decisão, segundo o comandante-geral da Polícia Militar, coronel David Antônio Pancotti, aguarda somente a denúncia do promotor do Ministério Público de Londrina. Esta medida também pode atingir os outros 18 policiais envolvidos no mesmo crime. Já estão presos Marco Aurélio da Silva Barbosa e Julio Ferraz Dias. Os outros dois, que escaparam do flagrante, foram afastados dos trabalhos de rua e cumprem funções administrativas dentro do quartel, onde estão à disposição da Justiça.

Crime

O jovem Jamys, de 20 anos, foi morto na madrugada do dia 15 de maio, quando dava uma festa em sua casa. Policiais compareceram ao local para verificar a denúncia de perturbação do sossego. Jamys se recusou a abaixar o volume do som. Imediatamente os policiais começaram a espancar o rapaz, e segundo testemunhas, mais policiais do Pelotão de Choque chegaram para participar da agressão.

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