O soldado Samuel Pinto, da Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone), é o principal suspeito de ter seqüestrado e executado o vendedor de carros Jackson Amaral dos Santos, 30 anos, e o mecânico Luís Fernando Muniz, da mesma idade, na noite de domingo.
Testemunhas já prestaram depoimento na delegacia e reconheceram Samuel como sendo um dos cinco homens que ocupavam a Parati preta e que seqüestraram o rapaz. Jackson e Luís Fenando foram levados em um veículo, do bairro Bela Vista, e pouco depois os corpos foram encontrados na Estrada Botiatuva, também em Piraquara.
Investigações
Ao contrário do que foi divulgado pela polícia no dia do crime, Jackson não tinha antecedentes criminais, mas seu irmão já havia cumprido pena por tráfico de drogas. As investigações apontam que o soldado, que já responde a vários inquéritos criminais, inclusive por assalto, seria segurança de traficantes de drogas da Vila Macedo e não gostava do irmão de Jackson. Por este motivo teria passado a perseguir o ex-presidiário e o vendedor de carros.
Conforme investigações, uma semana antes de Jackson ser executado, policiais do serviço reservado da PM invadiram sua casa, no bairro São Cristóvão, às 23h30. Ele teria avisado que iria denunciar o caso para o Ministério Público.
O superintendente Luiz Augusto Pereira, da DP de Piraquara, informou que já solicitou ao comando da Polícia Militar que o soldado seja encaminhado à delegacia para ser interrogado.
