PM revista quatro mil pessoas em cinco horas

A Polícia Militar fez uma megaoperação em 20 bairros de Curitiba e em outros oito municípios da Região Metropolitana (RMC) na noite de sexta-feira. O objetivo foi abordar pessoas suspeitas e retirar armas e drogas de circulação. Quase 4 mil pessoas e 200 estabelecimentos comerciais, como bares e lanchonetes, foram revistados. Na operação, a PM também apreendeu cinco armas, três veículos em situação irregular, além de pequena quantidade de entorpecentes, e deteve 13 pessoas para averiguação. De acordo com o Comando Geral da Polícia Militar, ações como esta se tornarão cada vez mais constantes para que a população possa estar segura.

O comandante do Policiamento da Capital, coronel Nemésio Xavier de França Filho, que acompanhou pessoalmente a operação, fez questão de salientar que a revista pessoal numa abordagem é o método mais eficiente e eficaz para encontrar armas ilegais e drogas e evitar que alguém provoque algum tipo de violência contra outra pessoa ou dano patrimonial. “Não queremos que a população se sinta constrangida ou humilhada durante uma revista. Isso é necessário para dar mais segurança e tranqüilidade a todos”, ressaltou. Segundo o coronel Xavier de França, quanto mais a população colaborar com a polícia durante as operações, menos violência haverá nas ruas da cidade.

Trabalho

Para a operação, a Polícia Militar empregou 317 policiais, que usaram 100 viaturas. “Ressaltamos que não deixamos de fazer o patrulhamento de rotina para colocar a operação na rua. Fizemos uma modificação na escala de trabalho”, comentou o coronel Xavier de França. “Nosso trabalho tem como objetivo diminuir a criminalidade na grande Curitiba. A comunidade ganha com nossa presença na rua”, afirmou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel David Antônio Pancotti.

Além dos batalhões que já fazem rondas normalmente, a PM usou o efetivo do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), que fez operações em diversos pontos de Curitiba vistoriando veículos e conferindo não só as condições dos mesmos, mas também a documentação dos condutores. E para garantir uma ação policial mais efetiva, policiais do Batalhão Rodoviário da PM fecharam as principais saídas da cidade.

Aprovação

Cada unidade da Polícia Militar que esteve presente na operação atuou conforme as características do bairro. Na operação chamada Presença ou Saturação, os policiais posicionam as viaturas e fazem rondas a pé ou a cavalo. Na operação Bloqueio são paradas pessoas e veículos para averiguação. Houve ainda vistorias em estabelecimentos comerciais, onde os freqüentadores foram abordados e revistados. A PM iniciou o trabalho às 17h e estendeu até as 23h.

A população aprovou a ação da PM. “A gente quer a polícia na rua para nos dar segurança”, comentou o vendedor autônomo Joaquim Ribeiro de Jesus, que parou para ver a abordagem num dos bares na região central. “Com a presença da polícia, o marginal não aparece”, disse. “Acho muito válido. Dou nota 10 para a polícia”, avaliou o comerciante Assis Ribeiro, que tem uma banca de jornais e revistas próxima a um colégio.

A vendedora da feira de artesanato montada ao lado da Catedral, Adriane Martins, também concorda que essas operações são necessárias para evitar a ação de pessoas mal-intencionadas. “Para garantir a segurança da população, vamos estar repetindo diariamente essas operações”, avisou o coronel Xavier de França.

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