O policial militar Omar Assaf Júnior, acusado de matar o estudante Thiago Klemtz de Abreu Pessoa, 19 anos, em agosto do ano passado, terá seu futuro definido por júri popular.

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Ele responderá por homicídio doloso triplamente qualificado. A denúncia do Ministério Público foi aceita pelo juiz Daniel Surdi Avelar, da 2.ª Vara Criminal do Tribunal de Júri de Curitiba.

O advogado do policial, Cláudio Dalledone Júnior, contou que o juiz absolveu seu cliente do crime de fraude processual e permitiu que aguarde o júri em liberdade. O objetivo da defesa agora é tornar o homicídio simples.

Ele foi classificado como triplamente qualificado – por não haver chance de defesa, por motivo fútil e por Omar ser policial. Omar tinha apresentado uma arma desmuniciada, o que foi considerado, pelo MP, tentativa de dificultar a investigação.

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Festa

O crime ocorreu em frente à Sociedade Harmonia, no Bigorrilho. Thiago foi morto com três tiros e Omar foi preso em flagrante. Segundo testemunhas, Thiago e um grupo de amigos teriam sido expulsos de uma festa após uma confusão.

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O policial alegou que os tiros foram dados para dispersar e não tinha intenção de acertar a vítima. Porém, depoimentos coletados pela Delegacia de Homicídios indicam que o estudante estava deitado quando foi baleado e que o soldado teria se aproximado e efetuado mais disparos.

Omar ficou preso por cerca de três meses no Centro de Detenção e Ressocialização (CDR), em Piraquara. Em dezembro, ganhou o direito de responder ao processo em liberdade.