O soldado Ivo Carvalho, do 12.º Batalhão da Polícia Militar, invadiu o escritório do advogado criminalista Pedro Luiz Nunes, no edifício comercial Bradesco – na esquina da Avenida Marechal Deodoro e Rua Monsenhor Celso – e o feriu com dois tiros, ontem à tarde. Em seguida fugiu, descendo os 13 andares do prédio pelas escadarias. O advogado, baleado na mão e na barriga, foi socorrido pelo Siate e levado para o Hospital Cajuru. O soldado não estaria em serviço, apesar de estar fardado.
Poucas informações foram levantadas pela Polícia Militar no local do crime. Segundo apurado por investigadores da Delegacia de Homicídios, Pedro Nunes estaria movendo uma ação contra o soldado, em nome do cunhado dele. Ontem, haveria uma audiência no Juizado Especial, mas o cunhado não teria comparecido, obedecendo orientação de Pedro.
Discussão
Eram cerca de 16h30, quando Ivo chegou ao escritório número 1311, sem perceber a presença de um auxiliar do advogado. Ele estava nervoso e carregando um revólver calibre 38 e duas pistolas, conforme a vítima relatou aos investigadores. Depois de uma discussão, na qual Ivo teria dito que o advogado não “sabia com quem estava mexendo”, o soldado atirou. A bala atravessou a mão direita do advogado e atingiu a barriga dele.
Mesmo ferido, Nunes conseguiu caminhar sozinho até a porta do elevador e depois voltou para o escritório, onde sentou-se e aguardou a chegada dos socorristas, chamados por vizinhos do mesmo andar.
Um rastro de sangue no corredor mostrava que o advogado foi ferido com gravidade, mas ele estava consciente quando foi atendido. De acordo com policiais do 12.º Batalhão, que atenderam a ocorrência, Nunes falou pouco, mas foi capaz de revelar o nome do autor do atentado.
A DH espera a apresentação espontânea do soldado para o próximos dias.