Minutos depois do assassinato do policial militar Luiz Carlos Ribeiro Simões, 40 anos, seus companheiros de corporação prenderam dois acusados do crime. Um dos detidos, Márcio Müller, 22, confessou ter matado o soldado do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) com pelo menos 18 tiros, quase todos na cabeça, à 1h30 de ontem. O homicídio foi cometido no bar Juventude E.C., na Rua João Pessoa, Vila Macedo, em Piraquara, e teria sido motivado por vingança. O sangue da vítima ficou na mesa de sinuca do bar.
Márcio foi preso quando retornava ao local do crime em uma motocicleta Honda, modelo CG 125. Ele indicou o local em que jogou a pistola dele e a do policial – perto de um fábrica de chocolate. Só a arma do acusado foi localizada. O preso admitiu que descarregou a pistola com pente de oito tiros e depois atirou também com a arma do PM. Luiz Carlos levou 17 tiros na cabeça e um nas costas.
Perto do local do crime, a polícia localizou o Vectra azul, placa AIB-7799, dirigido por Izaías Bernardes de Souza, 20, que já havia sido apontado por testemunhas como participante do crime – ele teria dado cobertura ao atirador. O carro foi roubado por três marginais em 17 de fevereiro, na frente de um açougue, na Rua Pastor Carlos Frank, Boqueirão. O acusado negou envolvimento no assalto e disse ter comprado o Vectra há um mês, em Pinhais.
Vingança
Em entrevista à imprensa, Márcio disse que atirou porque era ameaçado pelo policial. “Ele me fazia correr embora, senão me matava”, afirmou o rapaz, que respondeu inquérito por porte de droga quando era menor de idade. Mas a PM aponta outra versão para o crime. O soldado Carlos, “nome de guerra” da vítima na corporação, era suspeito de participar do assassinato do ex-presidiário Revelino Peralta, ocorrido na semana passada, em Piraquara. Márcio teria ligação com Revelino. As armas, o Vectra, a moto Honda e uma Caravan localizada perto da casa de Márcio foram encaminhados, juntamente com os suspeitos, à Delegacia de Piraquara.


