Pivô de esquema de pedofilia será ouvida

Apontada como sendo a mulher que aliciava meninas de 11 a 14 anos e foragida há quase um mês, Luciana Polerá Correia Cardoso, 21 anos, deve se apresentar no início da semana à polícia. A informação é do advogado da jovem, José Feldhaus, que esteve, no início da tarde de ontem, no Fórum Criminal de Curitiba, conversando com o juiz da Vara de Inquéritos Policiais, Pedro Luís Sanson Corat. "Ele garantiu a segurança da Luciana e indicou um local para deixá-la, que não será a Corregedoria da Polícia Civil", adiantou o defensor.

Segundo ele, a decisão foi tomada por Luciana, que não está suportando ficar foragida. Ela está sumida desde o último dia 28 de abril, quando um engenheiro foi autuado em flagrante no 4.º Distrito (São Lourenço) por pedofilia. Na ocasião, o filho do engenheiro procurou a corregedoria e denunciou que policiais daquela delegacia e uma advogada estariam tentando extorquir R$ 5 mil. A alegação do engenheiro era de que ele não sabia que a menina com quem estava no motel tinha apenas 12 anos.

Segurança

Minutos antes de conversar com o juiz, o advogado disse que, para apresentar sua cliente, precisaria do compromisso da Justiça em garantir a segurança dela. "Luciana está bem fisicamente. Psicologicamente, não posso dizer", comentou. Feldhaus temia apresentar Luciana na Corregedoria da Polícia Civil, que preside o inquérito.

Feldhaus disse que foi procurado na quinta-feira pela família de Luciana, que o contratou para defendê-la. "Ainda não me encontrei com ela e nem li o processo. Por isso, não posso dizer muito", explicou. Ele acredita que, pela pouca idade de Luciana, ela não seja a mentora da rede virtual de pedofilia. "Acredito que tenha participado, mas não teria capacidade para liderar", apontou.

Delação

Com a apresentação de Luciana, novas provas e nomes podem surgir. Isto porque a lei prevê que a jovem podem ser favorecida com a delação premiada, que prevê benefícios, caso leve à Justiça fatos novos que colaborem com as investigações.

Até agora, doze policiais e dois assistentes de segurança estão atrás das grades. Os nomes não podem ser divulgados porque a Justiça decretou sigilo no inquérito.

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