Operação Grumatã

PF desmantela quadrilha que agia no Sul do País

Desde o início do ano, a Polícia Federal investiga rede de narcotraficantes que atua a partir da cidade de Aral Moreira, no Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai, com a distribuição de centenas de quilos de cocaína para o Brasil, principalmente para a região sul.

A Operação Grumatã iniciou quando surgiram indícios de que a organização era comandada pelo traficante conhecido como “Pingo”, extraditado do Paraguai há cerca de dois anos e atualmente recolhido à Penitenciária Agrícola de Piraquara para cumprimento de penas que somam mais de 40 anos de prisão.

Em 08 de agosto, a Polícia Federal apreendeu 16 quilos de cocaína em uma abordagem em Santo Antônio da Patrulha, no Rio Grande do Sul. Investigações levaram a identificação de que a droga teria sido enviada para o Rio Grande do Sul por “Pingo” e por seu filho, residente em Aral Moreira.

A Polícia Federal identificou que pai e filho são proprietários de três fazendas na região da fronteira do Brasil com o Paraguai. A característica da cocaína distribuída pelos dois é o alto grau de pureza, muitas vezes identificada por uma cabeça de cavalo gravada em relevo diretamente na droga no momento da prensagem.

Com a deflagração da Operação, na manhã de hoje (28), a Polícia Federal cumpriu sete mandados de prisão preventiva e 10 de busca e apreensão nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Por serem considerados pela PF como integrantes de uma das principais organizações introdutoras de cocaína no país, os dois líderes serão encaminhados à Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Catanduvas, no Paraná.

Entre janeiro e agosto de 2012, foram realizados cinco flagrantes no âmbito da Operação Grumatã, que resultaram na prisão de 9 pessoas, apreensão de 108 quilos de cocaína, armas, veículos e mais de 110 mil reais em dinheiro.

A Operação foi denominada Grumatã, um peixe difícil de ser fisgado, originário da região sul do Brasil. As prisões na data de hoje representam uma grande vitória da PF contra o narcotráfico, considerando a importância estratégica dos presos, o material apreendido e os bens sequestrados, com valor estimado em 20 milhões de reais, distribuídos em quatro fazendas, gado, imóveis e veículos de luxo.

Os presos deverão ser julgados por tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas e pelo crime de lavagem de dinheiro, podendo ser condenados a penas que variam de 10 a 30 anos de reclusão.