Perseguido e executado a tiros no Pinheirinho

Perseguido por homens armados, um rapaz em desespero buscou refúgio pulando os muros de uma residência na Rua Araçari, esquina com João Bley Filho, Conjunto Piratini, Pinheirinho. Sua luta para viver foi em vão: atingido por tiros na cabeça, barriga e virilha, a vítima – ainda não identificada oficialmente -, caiu morta no jardim da casa, à meia noite de domingo.

O dono da moradia disse que assistia televisão e a esposa dormia quando ouviu vários tiros, vindos do lado de fora – um deles chegou a quebrar a vidraça da sala principal. Com medo de ser alvo de bala perdida, o homem aguardou nos fundos da casa até que as coisas se acalmassem e, ao sair, encontrou o corpo em frente à porta. Só então chamou a Polícia Militar. “Ouvi barulho de carro depois dos tiros”, falou o proprietário, acrescentando que jamais havia visto o rapaz morto. O esforço do perseguido para fugir deixou como marca as grades entortadas no portão da casa.

Tocaia

A polícia apurou que teria havido uma tocaia para surpreender o jovem. Ele estaria acompanhado de um irmão e uma moça, que conseguiram escapar – a última escondeu-se no terreno de uma casa da mesma rua e foi vista pelo proprietário quando escalava o muro para o lado de fora, depois de romper um cano de abastecimento de água.

Pouco depois, uma mulher, possivelmente a mesma que fazia companhia ao baleado, apareceu na casa onde ocorrera o crime. Nervosa e chorando muito, falou que era esposa da vítima, tentou abraçá-la e desapareceu assim que chegaram as primeiras viaturas.

A PM pouco descobriu a respeito da autoria do crime. “Só falaram nome e idade da vítima”, disse o soldado André, do 13.º Batalhão. O jovem foi identificado extra-oficialmente como Olandir Mendes, 17 anos – mas o corpo não havia sido reconhecido pela família até o início da tarde de ontem. A Delegacia de Homicídios soube que o rapaz e a esposa chegaram há pouco tempo no bairro, mas o suposto irmão dele andava por lá há vários meses.

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