Pernambucano morto com oito tiros em Curitiba

As drogas e a resistência em procurar tratamento para dependência química selaram a morte de José da Silva Lima, 20 anos. Essa era a opinião de familiares do jovem, morto com oito tiros nas costas, às 21h de sexta-feira, no terreno de uma casa da Rua Tailândia, no Centenário, em Curitiba, para onde a vítima tentou fugir de seus assassinos.

Conforme informações colhidas pelos soldados Reinaldo e Aires, do Regimento de Polícia Montada (RPMont), José foi perseguido na rua e entrou por um corredor até o terreno da casa onde foi morto, ao lado de um canal. “Recebemos uma ligação anônima, na qual a pessoa disse que os assassinos estavam em um Escort prata, mas a placa informada não consta no cadastro da polícia”, relatou o soldado Reinaldo. Junto ao corpo, foram encontradas seis cápsulas de pistola calibre 380. Todos os tiros foram dados pelas costas do rapaz, que caiu de bruços ao lado da casa. Ninguém viu nada.

Família

José nasceu em Garanhuns (PE), mas mudou-se para Curitiba com três anos de idade. Ele morava com os pais na Rua Doutor Alvin Messias, a cerca de uma quadra de onde foi morto. Conforme informado por uma tia dele, que não quis se identificar, José fazia bicos e fumava maconha. “Ele não aceitava ser internado”, lamentava a mulher.

Há cerca de dois meses e meio, o rapaz saiu da cadeia, onde estava preso por assalto a estação-tubo. “Gastamos com advogado para tirá-lo de lá, para que ele tivesse uma vida melhor”, disse a tia dele. Para os familiares da vítima, a lei do silêncio que comanda aquela região só serve para que outros crimes semelhantes aconteçam. “Ninguém fala e fica difícil que a Justiça prevaleça”, comentou o primo de José. “É uma bola de neve”, completou.

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