Pegos matadores da empresária Sônia Modesto

A Delegacia de Homicídios prendeu, na tarde de ontem, quatro dos cerca de 11 envolvidos na morte da empresária Sônia Modesto, 32 anos (foto à direita), assassinada com um tiro na cabeça na madrugada do dia 19 último. Os detidos, segundo o delegado Maurílio Alves, serão apresentados à imprensa hoje, às 11h. Três deles, sendo uma mulher, não estavam envolvidos diretamente no crime e foram autuados por receptação, por guardar as armas do assassinato e o celular da vítima.

A prisão se deu através da localização do Corsa Sedan placa AAW-2412, de propriedade da mulher chamada Mahara (uma das presas), usado pela quadrilha na noite do crime. O motivo do assassinato, segundo apurado pela DH, seria o roubo do Astra AXS-9500, de propriedade da vítima, encomendado por bandidos de São Paulo. No entanto, a execução da empresária faz crer que há outra trama para o caso, uma vez que ladrões de carros normalmente não matam suas vítimas, desde que não haja reação.

Tatiana Gusso, 29, que estava com Sônia na noite do crime e sobreviveu ao tiro que levou de raspão na cabeça, deve fazer o reconhecimento dos bandidos presos e dos objetos de Sônia apreendidos com a quadrilha. Ontem, a perita Clarisse, do Instituto de Criminalística, periciou o Corsa apreendido, que tinha marcas de colisão no pára-choque traseiro. O Astra roubado da empresária foi visto colidindo na traseira do Corsa na noite do crime, quando os dois carros passavam em alta velocidade ao lado do Detran, no Capão da Imbuia.

Mistério

Apesar de os bandidos apresentarem a versão de latrocínio (roubo com morte), o caso ainda é um mistério e muitos detalhes intrigantes precisam ser apurados. O primeiro deles é que, antes de levar o tiro na cabeça, Sônia conversou pelo celular com uma pessoa não identificada.

O telefone lhe foi passado por um dos ladrões, que fez questão que ela convesasse com alguém. O teor dessa conversa é desconhecido.

Normalmente em casos de roubo de carros – nos quais a vítima não reage – os assaltantes fogem rapidamente, deixando o proprietário no local. Isso não aconteceu com Sônia, que foi seqüestrada na frente de sua casa, no Capão da Imbuia, junto com Tatiana – sua funcionária – rodou por mais de duas horas com os bandidos, até que achassem um local para executá-la.

E o detalhe que mais chama a atenção da polícia e que desmente a versão apresentada pelos assassinos, é que o Astra -motivo do crime – não foi levado para São Paulo para honrar a encomenda. e, sim, abandonado em uma estrada secundária, no município de Jacarezinho (PR).

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