Pedreiro morto com seis tiros na Vila Verde

A Rua Roberto Kranz, a última da Vila Verde, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), ficou manchada de sangue na manhã de ontem. O pedreiro José Alcântara, 31 anos, tombou com seis tiros de pistola, por volta de 9h30. Um menino que brincava nas proximidades foi ferido por duas balas perdidas: uma na cabeça e outra no braço. Ele foi levado ao Hospital do Trabalhador em estado grave. José morreu na hora.

O tenente M. Roberto, do 13.º Batalhão de Polícia Militar, disse que a vítima não tinha passagens pela polícia e, segundo a esposa, não usava drogas e não tinha rixa com ninguém. ?A esposa disse que ele não tinha nenhum envolvimento com a marginalidade, apenas estava desempregado?, disse o tenente. Segundo ele, mesmo sendo um final de semana de feriado, o dia estando ensolarado e muitas pessoas na rua, os moradores não souberam contar o que havia acontecido. ?As pessoas têm medo de represálias e não contam nada para a polícia. Esse menino baleado, por exemplo, nem os pais vieram conversar conosco. Não sabemos o nome, a idade nem onde esse garoto mora?, explicou.

Perto do corpo do pedreiro, foram encontradas seis cápsulas, exatamente o número de tiros que o mataram, informação que reforça a hipótese de o menino ter sido atingido de raspão, pelo mesmo tiro que acertou José.

?O rapaz foi executado com dois tiros no abdome, dois no pescoço e outros dois na face?, completou o tenente.

José morava a poucos metros de onde foi morto. A esposa contou para a polícia que todos os dias de manhã ele costumava dar uma volta pelas ruas da vila.

Segundo o investigador Dias, da Delegacia de Homicídios (DH), enquanto a Polícia Militar ainda guardava o corpo até a chegada do Instituto Médico Legal (IML), ele e o investigador Lima foram até a casa da vítima. ?Colhemos algumas informações, conversamos com algumas pessoas. É preciso saber como era o modo de vida da vítima e descobrir o que pode ter motivado o crime?, disse o investigador.

Local

O local do crime é a última rua da Vila Verde, ao lado de um terreno baldio. Dentre os curiosos, muitas crianças se aglomeravam ao lado da faixa colocada pela PM para isolar o local do crime. 

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