Dois delegados, envolvidos no esquema de pedofilia associada à extorsão, investigado pela Corregedoria da Polícia Civil desde o início de maio, conseguiram liberdade no último dia 29 de junho. Ambos estavam presos há pouco mais de um mês. Com base nesta decisão da Justiça, determinada pelo desembargador Antônio Martelozzo, outros policiais, presos pelas mesmas acusações, estão requerendo a extensão do benefício, por entender que a situação deles é a mesma dos delegados soltos.

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No pedido da liminar, o advogado Edson Abdalla, que representa os delegados soltos, explicou ao juiz que a prisão preventiva de seus clientes não se justificava, por ser uma punição antecipada. Ele salientou que um de seus clientes já teve uma prisão temporária revogada pelo juiz Sérgio Luiz Patituci, que considerou que o delegado não atrapalharia as investigações, caso estivesse em liberdade. O defensor lembrou ainda que seu outro cliente sequer teve o nome citado nas declarações prestadas por Luciana Polerá Correia Cardoso, presa acusada de agenciar as adolescentes para os programas sexuais.

Para o advogado, o decreto de prisão preventiva posto em prática quando os dois delegados foram presos, não estava suficientemente fundamentado, considerando assim a prisão de ambos uma medida precipitada e desnecessária.

O desembargador concedeu a liminar, que já havia sido negada anteriormente e passou por uma reconsideração. Na última quinta-feira, 6 de julho, o desembargador encaminhou os alvarás de soltura dos delegados à Vara de Execuções Penais.

Defesa

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Também na quinta-feira, a Procuradoria Geral da Justiça enviou intimação aos acusados, para que, através de seus advogados, apresentem suas defesas preliminares. A intimação é válida por 15 dias corridos,     a contar da data de ontem, segunda-feira, sendo o prazo final para a defesa o dia 24 de julho. Com base nas argumentações de defesa o Ministério Público analisará cada caso para decidir quais acusados serão denunciados.