PCC tinha lista de seqüestráveis no Paraná

O Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que comanda os presídios do Estado de São Paulo, mantinha uma lista de seqüestráveis no Paraná. A denúncia foi feita pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR), Dálio Zippin Filho.

Ele disse que teve acesso à informação por meio de entrevistas com detentos. A lista continha nomes de magistrados, promotores e políticos do Estado. O sequestro dessas pessoas serviria para barganhar transferências de presos no País.

O PCC teria inclusive três chácaras na Região Metropolitana de Curitiba, que serviriam como cativeiro para os seqüestrados. “Esse dado leva a crer que a lista do PCC fosse muito grande”, disse Zippin, que também estava na lista. As três chácaras que serviriam de cativeiro ficam em Colombo, Piraquara e Fazenda Rio Grande.

No último dia 14 de fevereiro, estava tudo preparado para a execução dos seqüestros. Entretanto, dois dias antes, o plano foi descoberto. Com isso, todas as lideranças – que estão na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara – foram separadas e o movimento suspenso, disse Zippin.

Na sexta-feira passada, em Londrina, no Norte do Paraná, a polícia impediu que juízes, que participavam de um encontro de magistrados no Fórum, fossem seqüestrados. A informação foi confirmada pelo comando da Polícia Militar e pelo Fórum Cível, em Londrina.

Entre os possíveis seqüestrados estavam os deputados federais do PT, Florisvaldo Fier, o Doutor Rosinha, Roque Zimmerman, candidato petista ao governo do Estado, o juiz da Vara de Execuções Penais, Roberto Massaro, e o diretor da Penitenciária Central do Estado, coronel João Krainski Neto.

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