Parentes do assassinado o defendem

A família do pintor de paredes Cristiano Henrique Brande Camilo, 28 anos, que foi assassinado por seu melhor amigo no final do mês de novembro passado – juntamente com sua namorada, a empresária suíça Christine Pinzon Keller, 34, desmentiu a versão de que o rapaz era garoto de programas. “Se ele fez isso, foi há muitos anos, quando ainda era adolescente e levado pelas más companhias”, assegurou uma prima da vítima, com quem o rapaz mantinha estreito contato.

Cristiano, segundo seus parentes, trabalhou em várias funções, desde segurança até pintor. Teria ido para a Suíça há quatro anos, para tentar melhorar de vida e tirar a família da Vila Sandra, um bairro da periferia de Curitiba. “O sonho dele era juntar dinheiro e comprar uma casa para a mãe. Ele trabalhava muito para isso”, assegurou a prima, lembrando que a mãe de Cristiano morreu exatamente um mês antes dele ser assassinado.

O rapaz veio para Curitiba porque sua mãe estava passando muito mal. Com o falecimento dela, ele pagou todas as despesas dos funerais e como tinha conseguido juntar dinheiro para comprar um apartamento, disse que iria adquirir o imóvel em Florinópolis (SC). Amigos dele, que estão na Suíça, em contato telefônico com seus familiares, asseguraram que o dinheiro que Cristiano trouxe para o Brasil tinha sido ganho e economizado por ele e não pertencia a Christine, como a princípio se supôs. Ele também aproveitou a viagem ao Brasil para se divorciar de sua primeira mulher, que mora na Bahia, pois pretendia se casar com Christine. Ela também estava se divorciando de seu primeiro marido.

Morte

O assassinato do casal foi praticado por Jean Francisco Schamposki Maceno, 26, amigo de infância da vítima. Ele, que foi preso pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), agiu em companhia de Cláudio Lopes, que ainda está foragido. Também a ex-mulher de Jean, Kátia do Prado, 23, está presa numa cela do 9.º Distrito, acusada de envolvimento no caso. Com ela foram apanhados pertences de Christine.

Jean teria arquitetado a morte do amigo para ficar com o dinheiro que ele trouxe da Suíça para comprar o apartamento em Florianópolis. Porém, embora Jean tenha confessado a autoria, alegando que agiu assim para roubar, a história ainda não está totalmente esclarecida. Segundo a família de Cristiano, o rapaz – que usava os cabelos longos – teve a cabeça raspada antes de morrer, como se tivesse passado por algum ritual de magia.

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