Parceiros de Neviton estão presos na Triagem

O juiz da 3.ª Vara Criminal, Francisco Eduardo Gonzaga de Oliveira, não apreciou ontem o pedido de revogação de prisão preventiva, impetrado anteontem pelo advogado Caio Fortes Matheus, que defende os jornalistas José Diniz, 38 anos, e Edson Silvestre, 33, acusados de extorsão, cárcere privado e formação de quadrilha. Eles são acusados de tentar extorquir um executivo de Curitiba em R$ 300 mil. Também respondem ao mesmo processo o dono do site TV Injustiça e da Vera Cruz Empreendimentos, Neviton Pretty Caetano, 52 anos; o policial militar Claudionei de Souza Alexandre, 33; o motorista Márcio Antônio dos Santos e o segurança Cornélio Luiz Goetz, 37. Após audiência, que iniciou às 14h45 e terminou às 21h30, o juiz determinou que os jornalistas fossem recolhidos no Centro de Triagem, na Travessa Lapa.

Na tarde de anteontem foram interrogados Neviton, Claudionei e os jornalistas. O primeiro a ser ouvido foi Neviton, que negou perante o juiz todas as acusações, em um longo depoimento de nove páginas. O advogado Caio Fortes Mateus informou que durante o interrogatório seus dois clientes não negaram que realizaram as entrevistas. “Eles fizeram as entrevistas com base em documentos apresentados pela mulher, que vivia maritalmente com o executivo. A própria vítima forneceu os documentos, boletins de ocorrência e laudo de lesões corporais”, salientou o defensor. “A mulher foi ouvida seis vezes e somente na sexta vez citou o nome dos jornalistas”, argumentou dizendo que aguarda para os próximos dias a análise do pedido de revogação da prisão, que foi encaminhado para o Ministério Público dar o seu parecer.

Acusação

Neviton e os outros cinco indiciados são acusados de tentar extorquir R$ 300 mil do executivo de Curitiba. Para isto, produziram uma matéria “jornalística” com a ex-namorada do executivo e veicularam no site da TV Injustiça. Posteriormente, teriam procurado o executivo e exigido o dinheiro para retirar a matéria da internet. O sexteto ainda é acusado de manter como refém a ex-namorada do executivo, em uma chácara, sob vigilância armada. Quanto aos jornalistas, a vítima afirma que eles teriam participado do constrangimento imposto sob ameaça, obrigando-a a dar entrevistas com declarações falsas.

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