Vingança?

Pai que sequestrou filha é assassinado na RMC

Dez dias depois de raptar a própria filha, Larico Vieira dos Santos, 40 anos, foi encontrado morto com tiros na cabeça e marcas de facada pelo corpo, na noite de sexta-feira, num matagal às margens do quilômetro 29 da BR-116, na localidade de Ribeirão Grande, em Campina Grande do Sul, quase limite com São Paulo. A delegacia local investiga a autoria do crime.

No dia 21, Larico trancou a filha e a mulher dele (madrasta da garota) em uma residência. A mulher conseguiu fugir e a jovem foi levada à força até um matagal onde foi mantida refém por mais de 24 horas, até escapar das garras do pai. Ela foi resgatada por um helicóptero do Grupamento Aeropolicial – Resgate Aéreo (Graer), da Polícia Militar, e afirmou ter sido violentada por Larico, que a mantinha sob a mira de uma espingarda.

Corpo

Mesmo depois da fuga da jovem, as buscas pelo maníaco continuaram, até que a PM foi avisada sobre o corpo encontrado, por volta das 22h de sexta-feira, num matagal a cerca de um quilômetro da rodovia. Pelas características da vítima, que estava sem documentos, os policiais desconfiaram que se tratava de Larico.

A identidade foi confirmada posteriormente pelo Instituto Médico-Legal (IML). Segundo a PM, Larico foi executado com pelo menos três tiros na cabeça e tinha sinais de facadas pelo corpo.

Terror

Ele era foragido da Colônia Penal Agroindustrial (CPA), em Piraquara, onde cumpria pena por homicídio, e também havia sido condenado a oito anos e nove meses de prisão em regime fechado por estupro. “É possível que alguém tenha feito justiça com as próprias mãos, pois temos a informação que ele vinha aterrorizando e desafiando moradores da região e disse que ia pegar mais jovens para abusar”, disse o soldado Elcio, do 17.º Batalhão da PM. A Polícia Civil suspeita que mais de uma pessoa tenha praticado o crime, devido às diferentes lesões.