A Superintendência da Polícia Federal (PF) no Paraná realizou, ontem pela manhã, em Curitiba e Balneário Camboriú (Santa Catarina), a Operação Mercado Paralelo. Até agora, quatro pessoas foram presas na região de Curitiba e foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão: 12 na capital e mais dois em Camboriú.
Os nomes dos presos também estão sob sigilo por conta de uma determinação da 2.ª Vara Federal Criminal de Curitiba. A operação visa desarticular uma quadrilha que atua no mercado clandestino de câmbio e promove evasão de divisas – envio de dinheiro ilegal para fora do País.
O teor do material apreendido por meio dos mandados de busca e apreensão também não foi divulgado, sob a mesma determinação da 2.ª Vara Federal Criminal. De acordo com informações da Justiça Federal, o juiz que determinou à PF que os dados não fossem repassados à imprensa teve como base o artigo dez da Lei 9296/96. O juiz também não concedeu entrevistas, sob a alegação de não prejudicar as investigações. O artigo da lei diz que ?constitui crime realizar interceptação de comunicação telefônica, de informática ou telemática, ou quebrar segredo de Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei?. O pedido do juiz também é baseado no estado de inocência das pessoas (até que a Justiça comprove o contrário) e na exposição dos investigados. Nem mesmo o número do processo foi divulgado.
Pelo menos 70 policiais federais se envolveram na Operação Mercado Paralelo em Curitiba e Camboriú. Os acusados podem responder à Justiça Federal por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional (SFN) e contra a Ordem Tributária.


