Cadeia

“Operação Madrugada” dá rasteira no tráfico de drogas

Duas quadrilhas que comandavam o tráfico de drogas no Bairro Alto, foram desmanteladas, na madrugada de ontem, com a prisão de seus dois líderes e outros 20 integrantes dos dois bandos. Entre os presos, estão desde vapores (que vender o entorpecente na rua), gerentes do tráfico até os suspeitos de ser chefes das quadrilhas Maikon Rubens Bonete Alves, 25 anos, o “Bauducco”, e o foragido da Justiça paulista Carlos Roberto Oliveira, 44, o “Baiano”, que é membro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e mantinha um laboratório de refino de droga em São Paulo. Seis pessoas estão foragidas.

A Operação Madrugada foi realizada no Paraná, Santa Catarina e São Paulo, pela Divisão de Narcóticos da capital (Denarc), com apoio de equipes do Departamento de Narcóticos de São Paulo. A polícia apreendeu R$ 20 mil em dinheiro, crack, cocaína, maconha e uma máquina de contar cédulas. A polícia apreendeu um Fiat Uno e procura quatro carros de luxo.

Denúncias

Segundo a delegada Ana Paula Cunha Carvalho, titular da subdivisão de Inteligência da Denarc, como boa parte das denúncias de tráfico de drogas recebidas vinham do Bairro Alto, a Denarc passou a investigar a atuação das quadrilhas no bairro. Após seis meses de trabalho, a foram identificados os chefes das quadrilhas, que, segundo a polícia, eram rivais, porém não disputavam território. “Não temos informação de homicídios decorrente da rivalidade entre as duas quadrilhas”, disse o delegado Renato Bastos Figueiroa.

As prisões foram realizadas em Curitiba, Pinhais, Araucária, no Paraná, em São Paulo, Diadema e São Bernardo do Campo, no estado paulista, e em Joinville (SC). Cinco dos 22 presos foram encontrados em São Paulo, entre eles “Baiano”, que foi preso num condomínio em São Bernardo do Campo, onde mora. “Ele costumava vir para Curitiba a cada 15 dias”, contou o delegado Figueiroa.

Laboratório

Na capital paulista, “Baiano” mantinha um laboratório de refino de crack e cocaína, onde foram apreendidos dois quilos de droga. “Bauducco” foi encontrado num apartamento em Joinville. Boa parte do dinheiro e a máquina de contar cédulas foram encontradas numa chácara em São José dos Pinhais. “‘Baiano’ mandava a droga por mulas que normalmente vinham em ônibus interestaduais. Já a droga vendida pela quadrilha de “Bauducco’ vinha de Foz de Iguaçu”, contou a delegada Ana Paula.

A polícia também descobriu cinco contas bancárias utilizadas pelos traficantes. “Como o bloqueio dessas contas, que já foi solicitado à Justiça, será possível definir o montante que eles movimentavam. O próximo passo é identificar fornecedores da droga e capturar os foragidos”, completou o delegado Figueiroa. A polícia não revelou a quantidade da droga apreendida, pois não havia sido pesada.

Operação

Participaram da operação 124 policiais da Denarc do interior, do Centro de Operações Policiais (Cope), da Delegacia de Homicídios (DH), do Tático Integrado de Grupos de Repressão (Tigre), da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), o canil da Polícia Militar, além de policiais do Departamento de Narcóticos de São Paulo.

Suspeitos presos

Maikon Rubens Bonete Alves, o “Bauducco”, 25 anos
Carlos Roberto Oliveira, o “Baiano”, 44 anos
Daniel Santana Andrade, 29 anos
Valquiria Olalio da Cruz, 24 anos
Denise Maria Miranda Leite, 31 anos
Wallison Leandro de Oliveira, 19 anos
Marlon Alves, 34 anos
Cristiano Verga Rodrigues, 29 anos
Monia Regina da Silva, 32 anos
Thiago Rodrigues da Silva, 21 anos
Ciderlene da Fátima Agostinho, 39 anos
Marcelo Jos&eacu,te; Gaspar, 24 anos
Leonardo Silva Santos, 29 anos
Cristiano Batista, também 29 anos
Maicon Weillian Mendes Deorachi, 22 anos
Vilson Rogério dos Santos, 18 anos
Geime Luís Fernandes, 28 anos
Vanesa Szymanski Figuera, 19 anos
Nilton Renato da Silva, 25 anos
José Felix, 47 anos
Pepita Santos Rodrigues Batista, 30 anos
Amanda Agostinho Leal, 21 anos

Divulgação/Denarc
“Baiano” foi pego em São Paulo e “Bauducco”, em Joinville.