Uma operação é realizada nesta quarta (6) na Vila Nossa Senhora da Luz, na Cidade Industrial de Curitiba. A ação é um esforço para coibir a criminalidade e o clima de guerra que paira na região depois que o “patrão” do tráfico Diandro Claudio Melanski (38) foi morto a tiros, na última segunda-feira (4). Desde então, quem vive por lá sofre com o medo constante e o comércio local tem fechado as portas mais cedo.

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Por causa de um suposto toque de recolher divulgado via aplicativo de celular logo depois do assassinato de Diandro, algumas linhas de ônibus chegaram a mudar o trajeto no início da semana. Uma unidade de saúde também deixou de atender pacientes e teve a segurança reforçada por equipes da Guarda Municipal.

A operação de hoje começou por volta das 16h e a expectativa é de que termine por volta das 23h. As equipes realizam policiamento ostensivo e fazem abordagens a pessoas e veículos suspeitos. “A orientação é para que os agentes promovam o contato com a população, para que exerçam o policiamento junto à comunidade”, explica o tenente coronel Camargo, comandante do 23° Batalhão da Polícia Militar.

Sem crimes

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Ainda segundo o comandante Camargo, desde o dia da morte de Diandro a vila não registra ocorrências de grande vulto. “O que nós percebemos é que o tal toque de recolher não foi confirmado, não passou de um boato”, afirma.

Na operação de hoje, no entanto, pelo menos duas pessoas foram presas e/ou apreendidas. Um menor de 17 anos que já tem passagens por assalto a mão armada foi apreendido; ele é suspeito de participação em crimes não detalhados pelas equipes. E outro suspeito teria sido encaminhado à delegacia por porte de entorpecentes.

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Planejamento

Questionado sobre a motivação para a operação na vila Nossa Senhora da Luz, já que a Corporação considera o toque de recolher como um boato, o capitão Kerber, que comanda a iniciativa, esclarece que a ação estava programada desde a semana passada. “Nós reforçamos o efetivo na região depois da morte do Diandro e só executamos hoje o que já estava previsto, com base em dados estatísticos, ressalta. “Como o policiamento já estava maior aqui nesta semana, não foi preciso incremento na intervenção desta quarta”, completa.