Rapaz esfaqueado

OAB cobra respostas das autoridades sobre caso de homofobia

A Comissão de Igualdade Racial e Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção do Paraná (OAB-PR) divulgou nota de repudio pela agressão física e moral sofrida pelo jovem homossexual Cláudio Henrique Eising. O cabeleireiro, de 22 anos, foi esfaqueado por dois homens, na noite de sexta-feria (12), no interior de um ônibus da linha Inter 2, quando voltava para casa.

Segundo a OAB-PR, ataques homofóbicos como o que aconteceu com o rapaz vêm se repetindo em Curitiba e não é aceitável que, em pleno século XXI, pessoas continuem propagando sentimentos de ódio e preconceito contra seus semelhantes. O órgão ainda destaca que as pessoas têm o direito de fazer suas escolhas sexuais e isso não as torna menor que qualquer outro ser humano.  

Para a Ordem dos Advogados, não é difícil ver manifestações de racismo e homofobia no dia-a-dia dos paranaenses e brasileiros. “Das autoridades de nosso estado, espera-se uma resposta rápida ao episódio, para que fatos como esse não se repitam, como vêm se repetindo em nossa cidade. O que é lamentável” destacou a nota.

Nas redes sociais, a notícia do ataque ao rapaz gerou grande repercussão e a Prefeitura de Curitiba também se posicionou dizendo que abomina qualquer tipo de violência. “Lamentamos profundamente o caso ocorrido no transporte público”, dizia a postagem feita na página do Facebook. Na postagem, a prefeitura pediu ainda que quem presencie qualquer tipo de violência em ônibus, como o episódio, ligue para a Guarda Municipal de Curitiba através do número 153.

O posicionamento da prefeitura de Curitiba deu abertura para discussão entre os seguidores da página no Facebook, que reclamaram da segurança no transporte público da capital. “Deveria ter câmeras de monitoramento em todos os meios de transporte público da capital e região metropolitana. E em relação à guarda municipal, que faz rondas de proteção aos coletivos, isso é muito vago. Nunca estão no momento do acontecido. Lamentar, todos estão lamentando”, disse um usuário.

“Acho que o foco não deve ser somente o caso homofóbico, mas todo o tipo de agressão. A Prefeitura postou da forma correta, nenhum tipo de agressão é pior ou menor (sendo ela homofóbica ou não racista ou não ou etcs) o foco em todas deve ser o mesmo, de não deixar impune quem faz”, defendeu outro. A Prefeitura de Curitiba não respondeu aos comentários.