Amauri confessou que vendia
droga para sustentar a família.

Uma ligação feita para o fone 161 (narcodenúncia) possibilitou a prisão de um casal acusado de tráfico de drogas . Amauri Rodrigues de Melo, 53 anos; a mulher dele, Oraci Lopes dos Santos, 45; a sobrinha Patrícia Pascoal de Lima Oliveira, 28; e até os dois filhos menores de Amauri, um garotinho de 7 anos, e uma menina de 12, foram detidos. Todos foram conduzidos à Delegacia de Campo Largo, mas somente o casal foi autuado em flagrante. A jovem e as crianças foram liberados em seguida. Na casa da família foram encontradas 30 pedras de crack, vários relógios, eletrodomésticos, papel alumínio para embalar a droga, telefone celular e cerca de R$ 1.000,00, que seriam provenientes da venda da droga.

Policiais do serviço reservado da Polícia Militar, que efetuaram a operação, disseram que um telefonema anônimo indicou que na casa de Amauri – na Rua Jovina Apolinário, bairro Populares Velho, em Campo Largo -, era ponto de venda de drogas. Os PMs foram até o local, observaram a movimentação e às 14h de ontem efetuaram a prisão. Na casa os policiais encontraram um prato, uma faca e uma pequena quantidade de pedra, que estava sendo embalada.

Confissão

Amauri confessou que estava comercializando crack há três meses e cada pedra era vendida por R$ 10,00. “Foi a maneira que encontrei para sustentar minha família. A gente procura serviço e não tem. Tenho três filhos. Agora que cai, vou responder”, disse.

A mulher dele, Oraci garante que não tem nem uma ligação com o tráfico, apesar do ponto de venda ser a sua própria casa. “Eu trabalhava como diarista. Ele está desempregado. Ganhava pouco e não dava. Ele achou melhor vender drogas. Mas eu não tenho nada a ver com isto”, salientou. Ela disse que o movimento da venda do tráfico oscila. “Tem muita gente vendendo no bairro. A concorrência é grande. Talvez foi um desses que denunciou meu marido. Agora as vendas até que aumentaram, mas tem época que ele não vende quase nada”, contou a mulher, que chorava abraçada aos filhos.. “Agora estou passando por esta humilhação. Na frente dos meus filhos. Acho que não precisava disso. Ele não precisava levar para dentro de casa”, afirmou Oraci.

Já Patrícia disse que seu único envolvimento é ser parente do casal e morar na mesma casa. “A polícia chegou e levou todo mundo. Mas eu não tenho nada a ver com isto”. (VB)

161 possibilita a prisão de mais dois

Indicado que a população já está aprendendo a usar o 161 (narcodenúncia) para indicar locais de venda e uso de drogas, ontem à tarde ocorreram mais duas prisões, graças a outra denúncia anônima feito pela novo número criado pela polícia. Portando 31 pedras de crack e um revólver calibre 38, Rodrigo Reidler Assumpção, 18 anos, e Derlei dos Santos, 19, foram presos por policiais do serviço reservado da Polícia Militar, e levados ao 6.º Distrito Policial (Cajuru), onde tiveram flagrante lavrado por tráfico de drogas e porte ilegal de armas pelo delegado Antônio Macedo.

A prisão foi efetuada no início da tarde de ontem, na Rua Leopoldo Belzack, no Cajuru, após a PM receber a ligação anônima informando que dois indivíduos, ocupando uma motocicleta CG 125, placa AKX-6865, estavam comercializando drogas na região. No momento da abordagem, eles jogaram a droga no chão, mas não se livraram do flagrante. Tanto Rodrigo quanto Derlei negaram qualquer envolvimento com o tráfico e com a arma.

O delegado Antônio Macedo disse que os dois rapazes foram interrogados. “Um aponta o outro como sendo o proprietário da arma e da droga. Como estavam juntos, os dois foram autuados”, enfatizou Macedo.

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