O vigilante Daniel de Almeida Filho, 24 anos, alegou ontem na Delegacia de Homicídios ter matado a depiladora Cleide Bernardete de Lima, 52 anos, em legítima defesa. Ela foi assassinada na madrugada de segunda-feira, em seu apartamento na Rua Fernando de Noronha, Santa Cândida. Daniel foi indiciado pelo delegado Marcelo Lemos de Oliveira e liberado.

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Segundo o delegado, o casal havia terminado o relacionamento de nove meses e Daniel foi tentar reatar o namoro. Eles começaram a discutir e, conforme a versão do rapaz, a depiladora partiu para cima dele, armada com uma faca. Daniel alegou que conseguiu desarmá-la e golpeou-a no pescoço. Em depoimento, Daniel revelou ao delegado que ficou vendo Cleide agonizar até confirmar sua morte.

O segurança foi até o banheiro lavar as mãos, fechou o apartamento, às 5h30, e fugiu de ônibus para Porto Alegre, onde ficou hospedado num hotel. Depois de entrar em contato com o advogado, ele pagou as despesas do hotel com o cartão de débito da vítima e voltou para se apresentar à polícia. “Ele tinha a senha do cartão que era compartilhado com a vítima”, disse o delegado. Após prestar depoimento, Daniel deixou a delegacia ao lado de parentes sem conversar com a imprensa. Ele disse ao delegado que trabalha como vigilante de posto de combustíveis, mas está desempregado.

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Segundo a polícia, Cleide era separada e trabalhava como depiladora de um salão de beleza no Shopping Mueller, no Centro Cívico. Os dois moravam próximos e o pegavam o mesmo ônibus para ir para casa. Eles se conheceram na estação-tubo. Conforme o delegado, depois de alguns meses de relacionamento, Cleide teria chamado o vigilante para morar em seu apartamento.

Daniel passou a residir sob o mesmo teto que o filho da vítima, da mesma idade que ele. Três dias antes do crime, porém, a esteticista decidiu terminar o namoro. No domingo, Daniel pediu para que ela voltasse, mas Cleide se recusou a reatar o relacionamento.

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No final da noite de domingo, Daniel foi até o prédio da vítima e aguardou no corredor que ela retornasse do trabalho. Os dois, então, começaram a discutir e Daniel alega que matou para se defender.

Veja o vídeo com as declarações do delegado.