Mulheres acusadas de tramar assassinato

Foram apresentadas na Delegacia de Homicídios, na tarde de ontem, duas mulheres acusadas de ter participado da trama que culminou com a morte de Adir de Lima Cândido, 47 anos, ocorrida no dia 31 de dezembro do ano passado. A ex-esposa dele, Maria José Cândido, 42 anos, é apontada como mentora e mandante do crime. A ex-nora, Cátia Eliane Dias, 24 anos, também foi presa.

De acordo com o delegado Antônio Simião, da DH, Maria teria convidado Alessandro Alves da Costa Moraes, o “Dei” – assassinado na última terça-feira -, para matar seu marido. Pelo trabalho ela pagaria R$ 2 mil.

Na ocasião, “Dei” teria se recusado, afirmando que “não matava homem trabalhador”. No entanto, ele indicou um homem que faria o “serviço”, conhecido por “Beiçola”.

Confissão

“Essa história foi confirmada em depoimento pela Cátia”, afirmou o delegado Simião. Segundo ele, Cátia confessou que participou das tramas para a morte de Adir, mas foi Maria a responsável pela contratação. O interesse no assassinato do rapaz ainda não foi definido pela polícia, mas os investigadores acreditam que a morte foi encomendada para que a ex-esposa ficasse com os bens da vítima. “Um dia após o crime, Maria já estava residindo na casa de Adir, onde anteriormente ele vivia sozinho”, contou Simião.

As duas foram presas através de um mandado de prisão temporária. O delegado ressaltou que às investigações continuam com o objetivo de localizar e identificar `Beiçola’, autor dos disparos.

Negativa

Maria nega qualquer participação na morte do ex-marido. “Não devo nada e não conheço “Beiçola”, afirmou. Ela explicou que não tinha interesse nenhum nos bens do marido e que a morte dele deve estar relacionada com mulheres. “Ele era muito mulherengo”, destacou. Contra Maria pesam além de alguns depoimentos colhidos pela polícia, dois bilhetes ameaçadores escritos por ela para Adir.

O homem foi alvejado por três disparos quando estava dentro de um buggy na Rua Presidente Cordeiro, Jardim Acrópole, Cajuru, às 18h50 do dia 31 de dezembro. Morreu três horas mais tarde, no hospital.

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