O Bosque do Marumbi, entre as ruas Abóbora e Francisco Nikinetti, no Uberaba, confirmou ontem a fama de local perigoso atribuída pelos moradores do bairro. Em meio ao mato e às árvores, a auxiliar de serviços gerais Cleide de Oliveira, 36 anos, moradora da região, foi brutalmente assassinada no final da madrugada de ontem. Um pedaço de osso foi usado para matá-la.
A Polícia Militar foi avisada do crime às 4h50 de ontem. E encontrou a vítima com a cabeça esfacelada pelo pesado osso, de um animal de grande porte. Junto ao cadáver estava a bolsa da mulher, aberta, assim como a carteira. O celular dela desapareceu, mas no pescoço permanecia a corrente de ouro – o que reduz a possibilidade de que o assalto fosse o objetivo do assassino. O relógio de pulso de Cleide teve a pulseira arrebentada – indicando que ela lutou com seu algoz.
Além da hipótese de assalto, não descartada definitivamente, suspeita-se de crime passional. Na bolsa, Cleide levava uma carta escrita por um homem, que entre outras coisas dizia estar cansado do mundo do crime. A DH suspeita que esta, ou outra pessoa com quem a vítima teve relacionamento, possa ter cometido o crime.
Vítima identificada
A jovem encontrada morta segunda-feira de manhã, perto da estrada do aterro sanitário do Caximba, foi identificada na noite de terça-feira. Elisa Vanessa Rodrigues Bueno, 23 anos, morava na Cidade Industrial e estava desaparecida desde domingo.
Depois de reconhecer o corpo no IML, parentes da jovem relataram, na Delegacia de Homicídios (DH), que ela costumava freqüentar um bar na Vila Nossa Senhora da Luz, CIC, onde se encontrava com um namorado. A família suspeita que este estabelecimento era o destino de Elisa quando ela saiu de casa, no domingo.
Ao ser encontrada morta, ela segurava um preservativo masculino em uma das mãos, o que na ocasião gerou a hipótese de que a vítima fosse garota de programa. ?A família não comentou nada a esse respeito?, disse o delegado Jaime da Luz, da Homicídios, responsável pelo caso.
Elisa foi assassinada com vários tiros e encontrada numa via que dá acesso a um areal, 200 metros adiante da ?estrada do lixão?. O crime, estimou a perícia da Polícia Científica, ocorreu na madrugada de segunda-feira. O local é deserto e nenhuma testemunha foi localizada.