Mulher presa com 3.100 VTs falsificados

Acusada de integrar uma quadrilha que está “derramando” vales-transporte falsificados em Curitiba, Leonice Gonçalves Soares, 50 anos, foi presa e autuada em flagrante por estelionato, receptação dolosa, fraude no comércio e falsidade ideológica. Ao ser presa ontem pela manhã, a mulher disse se chamar Eunice Gonçalves Soares. Em poder dela foram apreendidos 3.100 vales-transporte falsificados. Além de uma máquina para lacrar plástico e vários envelopes plásticos, usados para embalar os VTs.

Investigações

O delegado Gerson Machado, titular da Delegacia de Furtos e Roubos, informou que, na semana passada, os investigadores Miusted e Osmair prenderam o cobrador Eros Roberto Portes, 47 anos, e o comerciante Júnior César de Souza, 28, com VTs falsificados. “Eles continuaram os trabalhos para localizar e prender os falsificadores”, salientou o delegado.

No decorrer das investigações, os policiais receberam uma denúncia de que uma mulher, que carregava sacolas azuis, onde transportava os vales-transporte falsificados, sempre freqüentava a estação-tubo Comendador Fontana, situada na Rua Cândido de Abreu, em frente ao Fórum.

Miusted e Osmair ficaram de campana nas proximidades e ontem, quando Leonice chegou, fizeram a abordagem. Dentro da sacola encontraram 1.100 vales e deram voz de prisão. “Depois eles foram até a casa da Leonice, no Alto Boqueirão, e apreenderam o restante dos vales e o material para empacotá-los”, frisou o delegado. Ele ressaltou que todas as embalagens, contendo 50 vales, tinham o logotipo da Prefeitura Municipal de Curitiba, imitando o verdadeiro.

Machado relatou que Leonice comprava cerca de 6 mil vales-transportes cada vez que procurava o fornecedor. “Ela não entregou o fornecedor, mas continuamos os trabalhos para prendê-lo”, argumentou.

Derrame

O delegado disse que há indícios de que o transporte coletivo foi infestado por vales falsificados, por uma grande quadrilha. “Suspeitamos que cobradores estão envolvidos”, disse o policial.

Versão

Leonice alegou que não sabia da falsificação, apesar de todo o aparato apreendido em sua moradia. Mas segundo a polícia, ela já tem passagens por estelionato, falsificação e falsidade ideológica, pela Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas e pelos 10.º e 11.º distritos.

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