Mulher morta a golpes de punhal

A vida de marido e mulher nunca foi pacífica para Paulo da Silva Bai, 52 anos, e Lindamir Ribeiro da Silva, 32, mas chegou ao extremo da violência na noite de quinta-feira. Provavelmente embriagado, ele acertou um golpe de punhal no peito de Lindamir e ainda feriu a filha do casal, de 10 anos. O fato ocorreu às 21h de quinta-feira, na Rua Bracatinga, Santa Maria, em Piraquara. Algumas pessoas tentaram segurar Paulo, mas ele conseguiu fugir, levando a arma.

Testemunhas viram quando Paulo saiu da casa, andou até o cemitério e ficou sentado durante um tempo. Quando voltou para a residência, elas ouviram gritos e, em seguida, Lindamir apareceu correndo pela rua pedindo por socorro e puxando o filho de 4 anos pela mão. “Estou morrendo”, disse a mulher pouco antes de cair na rua de terra, a cerca de 20 metros da entrada de sua casa.

Loucura

Logo atrás dela veio Paulo, ainda com o punhal na mão. Quando foi golpear mais vezes a mulher caída, a filha do casal tentou defender a mãe e foi ferida, sem gravidade, na barriga. Mesmo assim, Paulo não desistiu e teria dado outras punhaladas na vítima, não fosse a revolta de freqüentadores de um bar próximo.

Eles tentaram deter o assassino. Primeiro com um golpe de taco de bilhar na nuca de Paulo. “Parecia que ele nem havia sentido, mas o taco quebrou”, relatou uma testemunha. Alguns homens tentaram segurá-lo à base de socos, mas ele, sem largar o punhal, conseguiu se desvencilhar e fugir de bicicleta. A criança ferida foi encaminhada pelo Siate ao Hospital Cajuru. As outras duas, de 4 e 6 anos, ficaram com vizinhos.

Antecedentes

A vida do casal era conhecida de moradores próximos. Eles contaram que, há três anos, Paulo já havia tentado matar Lindamir. Tentando se separar e parar com as freqüentes agressões, ela foi dormir em outra casa, perto de onde morava com o marido. Durante a noite, ele invadiu o quarto e, com uma faca, deixou na mulher cicatrizes no rosto, braço e seio. “Ela ficou no hospital entre a vida e a morte”, lembravam.

Depois de tudo, foi tentada a separação judicial, mas como ela não tinha para onde ir, foi convencida a permanecer na relação conjugal. “Pensamos que ele tivesse se acalmado, até que hoje aconteceu isso”, contaram os vizinhos. Eles também relataram que Paulo não deixava os filhos do primeiro casamento de Lindamir viver na mesma casa. “Às vezes, as crianças ficavam pela rua”, disseram.

A ocorrência foi atendida pelos soldados Laércio e Delmar, do 17.º Batalhão de Polícia Militar, e pelo investigador Edson, da delegacia local.

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