Mesmo com toda a movimentação de policiais e de peritos, o cachorro vira-latas da catadora de materiais recicláveis Ângela Regiane Guimarães, 40 anos, encontrada morta a facadas dentro de seu carrinho, no bairro Portão, não a abandonou, até a retirada do corpo pelo Instituto Médico Legal (IML). A polícia investiga a hipótese de que o crime, que ocorreu nesta quarta-feira (24), tenha sido cometido pela pessoa com quem a mulher teria discutido dias antes.

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Tania Emanuelson, moradora da Rua Manoel Gustavo Schier, contou que sentiu falta da catadora na manhã desta quarta. Segundo ela, todos os dias ela dava água e comida para os dois cachorros da trabalhadora.

Quando foi olhar no carrinho, Tania se assustou. A catadora estava morta e tinha sangue na boca. Um dos cachorros de Ângela estava em cima do corpo. Tania disse que a mulher morava nas ruas da região há algum tempo. “Era uma pessoa que não incomodava ninguém”, comentou.

De acordo com o delegado Erik Wermelinger, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Ângela sofreu quatro perfurações de arma branca na região da barriga e do peito. “No papelão que envolve a grade do carro tinha uma faca, dessas de cozinha enterrada”, afirmou. A faca foi apreendida pelo Instituto de Criminalística, que deve apontar se o objeto foi a arma usado no crime.

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O delegado disse que a desavença que Ângela teve há alguns dias é uma das linhas de investigação do assassinato. “Mas estamos verificando outras hipóteses”.

Ainda conforme o delegado, moradores reclamam que, no local onde o corpo da catadora foi encontrado, é frequente o tráfico de drogas. “Uns disseram que ela era usuária, mas não é uma certeza acerca desse fato”, destacou Erik.

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