Em menos de 15 dias, três pessoas foram assassinadas na Vila Nossa Senhora da Luz, na Cidade Industrial. A auxiliar de serviços gerais Sandra Mara da Silva, 32 anos, foi morta com um tiro nas costas, por volta das 22h de quinta-feira, na Rua Antônio Moacyr Ribeiro Batista. A polícia não descarta que um traficante da região esteja ordenando as mortes na vila. Sandra era conhecida na vila, por perambular pelas ruas e consumir drogas nos mocós da região.
Moradores disseram ter ouvido três disparos, e, logo em seguida, encontraram a mulher caída em um gramado. De acordo com os soldados Fernandes e Moreira, do 13.º Batalhão da Polícia Militar, os moradores chamaram o Siate. “Os socorristas foram ao local, mas ela já estava morta, com um ferimento nas costas. No bolso, encontramos um cachimbo usado para fumar crack”, explicou Fernandes. Um rapaz, que não quis se identificar, disse ter visto um carro preto deixar o local. Ele relatou que, a vítima pediu um cigarro para o amigo dele, que entrava em casa, e continuou caminhando. “Logo em seguida, ouvimos um disparo, um intervalo, e mais dois tiros”, relatou a testemunha.
Tráfico
A poucos metros de onde Sandra foi morta, dois homens em uma motocicleta executaram Rodison Correa, 27, na madrugada de 23 de dezembro. A vítima chegava em casa, com a esposa grávida, quando levou três tiros nas costas. Rodison já havia sido preso por tráfico de drogas. “Tudo indica que um traficante está mandando matar na região”, afirmou o delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Homicídios.
Também envolvido com drogas, Rodrigo Felipe da Cruz, 18, foi assassinado com cinco tiros, dentro de seu Peugeot 206, na tarde de 29 de dezembro. O crime aconteceu na Rua Décio Barreto, a quatro quadras de onde Sandra foi morta. Os assassinos dele também estavam em uma motocicleta.
Surto
A série de homicídios começou depois de quase um mês sem registro de assassinato na Vila Nossa Senhora da Luz. Levantamento do Paraná Online revela que essas sequências de crimes, em um curto espaço de tempo, são frequentes em diversos bairros. No ano passado, pelo menos dez “surtos de violência” mancharam de sangue algumas vilas de Curitiba.
