MST acusa Polícia Militar de violência em Antonina

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) está acusando a Polícia Militar de ter utilizado violência contra integrantes acampados em Antonina, no litoral do Estado. Segundo a coordenação do MST em Curitiba, um trabalhador sem terra está desaparecido desde a noite de segunda-feira. Outros três teriam sido atingidos por balas de borracha, disparadas por policiais militares.

 

Na última segunda-feira, as 50 famílias que estavam acampadas na Fazenda São Rafael, de propriedade do advogado Pedro Paulo Pamplona, a desocuparam após acordo com o secretário de Estado da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari. Todavia, o proprietário conseguiu judicialmente uma ordem de busca e apreensão contra os invasores. Segundo ele, utensílios de sua propriedade tinham sido roubados. No início da noite, a PM o acompanhou até um local onde estavam concentrados os sem terra que tinham saído da fazenda. Dois deles tentaram impedir a atuação da polícia e foram presos, e soltos posteriormente.

 

Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), foram encontrados com os sem terra um trator, um caminhão, grande quantidade de carne de búfalo, além de outros objetos de menor valor que pertenciam a Pamplona. A Sesp informou que não tem registro de pessoas feridas ou baleadas.

 

Campanha

 

O coordenador nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), dom Tomás Balduíno, estará hoje em Quedas do Iguaçu, onde iniciará uma campanha pela liberdade do sem-terra Elemar Cezimbra, que está preso desde 3 de abril, acusado de furtar soja e formação de quadrilha.

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