Motoqueiro morre em colisão na Fazendinha

O motoqueiro Júlio César Mocanike, 39 anos, morreu ao colidir sua motocicleta XL, placa BFR-5602, contra o ônibus escolar placa BWA-1678, de Curitiba, conduzido por Jorge Arquilau do Sacramento, 45 anos. O acidente aconteceu às 13h de ontem, no cruzamento das ruas Frederico Lambertuci e Pinheiro Machado, no bairro Fazendinha. O motorista do ônibus e as 15 crianças que estavam no veículo não sofreram ferimentos.

De acordo com informações apuradas no local, Júlio era operador de máquinas e se dirigia para sua casa em Santa Felicidade, onde pretendia almoçar. Ele trafegava pela Rua Pinheiro Machado e foi fazer uma conversão à direita, para entrar na Rua Frederico Lambertuci. O motorista do ônibus foi fazer o inverso e acabou colidindo frontalmente com a motocicleta. Com o choque, Júlio teve morte instantânea. Seu corpo foi removido ao Instituto Médico Legal de Curitiba.

Índices de acidentes preocupam

Dados da Polícia Militar indicam que durante todo o ano passado foram registrados em Curitiba e nos 25 municípios da Região Metropolitana, 31.505 acidentes de trânsito em vias públicas. Nos três primeiros meses desse ano, o número de acidentes atingiu cerca de 18% do total de 2003. Porém, em alguma cidades, o número é maior.

No município de São José dos Pinhais, no primeiro trimestre, foram 484 acidentes, contra 1.501 em 2003. Em Araucária, foram 471 acidentes em 2003, e 131 de janeiro à março de 2004. No mesmo período em Pinhais foram registrados 116 acidentes, contra 385 em todo o ano passado. Já em Colombo, foram 371 acidentes em 2003 e 112 nos três primeiros meses desse ano. Em Curitiba foram 27.535 ocorrências em 2003 e 4.294 no trimestre.

Analfabetos

Na avaliação do diretor geral do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran), Marcelo Almeida, esses números continuarão crescendo se não houver uma ordenação nas cidades, aliada a investimentos de sinalização e engenharia de tráfego. Mas o problema maior, diz Almeida, é o grande número de analfabetos no País. Segundo ele, o Brasil tem 50 milhões de pessoas que não sabem ler direito, mas mesmo assim, conseguem tirar a carteira de habilitação. “Elas não sabem interpretar um texto mas conseguem dirigir”, falou. Outro problema é o crescimento da motorização. “No ano que vem a indústria automobilística vai fabricar 2,5 milhões de veículos”, disse.

Dos acidentes de Curitiba, fala o diretor, 85% têm como conseqüências danos materiais. Já em 14% deles, ocorrem danos materiais com alguma lesão, e em 1% a morte do condutor ou passageiro. E é esse índice, diz Almeida, que preocupa. “Temos que reduzir esse 1%”, falou. Segundo ele, o Detran promove uma série de iniciativas, dentro do programa Mutirão Pela Vida, para conscientizar e prevenir as ocorrências no trânsito.

Entre as ações do programa estão campanhas educativas com as crianças. Elas têm o papel de repassar e cobrar dos adultos um comportamento melhor no trânsito.

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