Como costumava fazer todas as tardes, o motoboy desempregado Valdevino Ricardo de Lima, 31 anos, foi ao bar do Aluisio, na Rua Nelson Rieke, Sabará, CIC, jogar baralho. Porém, na noite de ontem não conseguiu seguir sua rotina. Ele se aproximou do balcão, pediu um refrigerante, mas, antes de bebê-lo, foi executado com 10 tiros pelas costas, às 18h. A polícia suspeita de um possível acerto de contas e investigará o caso.
O dono do estabelecimento disse à polícia que não viu o rosto do assassino. Segundo relatou ao investigador Maurício Mendes, da Delegacia de Homicídios, ele havia se virado para abrir o refrigerante para Valdevino, quando ouviu os disparos. Assustado, ele largou a garrafa e se refugiou nos fundos do bar. Depois, voltou e encontrou o corpo do cliente, caído próximo ao balcão. Naquela hora, havia outros três clientes no estabelecimento, que trataram de desaparecer antes da chegada da polícia.
Mistério
A família de Valdevino disse à polícia que ele não usava drogas, nem bebia. Ele morava a cerca de duas quadras do bar, mas na noite anterior não havia posado em casa. Valdevino era casado e tinha dois filhos. Segundo moradores do lugar, ele não teria rixa com ninguém e era bemquisto pela vizinhança. Valdevino tinha duas passagens pela polícia: por porte ilegal de arma e formação de quadrilha, no interior do Estado, mas já havia quitado sua dívida com a Justiça.
O assassino quis ter certeza que seus tiros matariam a vítima. Ele quase descarregou um pente de pistola calibre 9 milímetros nas costas de Valdevino. De acordo com avaliação da Polícia Científica, foram 10 ferimentos e, encontrados pelo chão, a mesma quantidade de estojos de projéteis.
Nesta semana, a Delegacia de Homicídios deverá ouvir familiares da vítima e testemunhas do crime.